De acordo com o relatório da agência de notação financeira sobre o impacto da queda acentuada do turismo nos maiores destinos turísticos mundiais, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, a quebra no crescimento do PIB de Cabo Verde para este ano pode ir de 2,73 pontos percentuais do PIB caso o turismo abrande 11%, até uma queda de 6,71 pontos se o fluxo de turistas cair 27%.
Para este ano, o Banco Africano de Desenvolvimento antecipava, antes da crise da Covid-19, um crescimento de 5%, em linha com a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), e dentro do intervalo apontado pelo Governo (de 4,8% a 5,8% do PIB), que já na semana passada admitia rever estas previsões.
Na nota, a S&P confirma que “as economias insulares mais pequenas parecem ser as mais expostas a um abrandamento no turismo”, como é o caso de Cabo Verde, um dos 16 países que têm receitas superiores a 25% vindas dos turistas internacionais.
Já esta semana a S&P tinha dito que, “em termos relativos, Aruba, Bahamas, Barbados, Cabo Verde e as ilhas Fiji teriam provavelmente as maiores descidas nas métricas de análise de crédito", colocando também Portugal no segundo grupo mais de países mais afectados pela quebra generalizada no turismo mundial.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infectou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infectadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.