Segundo o Boletim da Dívida Pública divulgado hoje pelo Governo, a mesma teve um acréscimo de 15,6 pontos percentuais em relação ao stock/PIB do mesmo período do ano anterior, aumento esse que é justificado pela queda do PIB, em consequência do impacto da crise económica provocada pela pandemia de COVID-19.
No primeiro trimestre de 2020, o crescimento absoluto do país foi de 15.130,9 milhões de escudos, equivalente a uma variação positiva de 6,6% face ao valor do trimestre homólogo do ano anterior, que se justifica pela combinação dos seguintes factores: novos recursos mobilizados, variação cambial e as amortizações do período em análise.
Já o serviço da d~´ivida pública do Governo Central atingiu no 1º trimestre de 2020 o valor de 4.167 milhões de escudos, representando um aumento de 41,4% em relação ao valor do ano anterior no mesmo período.
Esse aumento é justificado pelo início de período de amortização de alguns empréstimos externos, variação cambial e perfil de amortização dos Títulos de Tesouro. Apesar do seu aumento em relação ao valor do período homólogo anterior, os rácios do serviço da dívida continuam dentro dos parâmetros de sustentabilidade definidas FMI e Banco Mundial.
No 1º trimestre de 2020, o valor global correspondente a nova dívida bruta do Governo Central, para financiar o Orçamento do Estado, foi de 3.993 milhões de escudos, registando-se uma redução de 38,8% face ao valor do período homólogo do ano anterior.
As emissões de títulos da dívida interna contabilizaram o montante de 2.989,3 milhões de escudos, registando, por seu turno, uma diminuição de 48,6% em relação ao mesmo período de 2019.
Os desembolsos da dívida externa contribuíram com 1.003,6 milhões de escudos para o total, representando um aumento de 270,2% face ao valor do período anterior.