“No início estivemos sempre ao lado do Governo e apoiamos o Governo, mas o Governo, a partir de algum momento, deixou de ouvir. Nós demos vários pareceres que o Governo não levou em conta, fez o que quis em determinado momento. Sobretudo na questão de apoio às empresas, o Governo deu como uma mão e tirou com outra, impôs muitas restrições, muitas dificuldades”, ressaltou.
Segundo Jorge Spencer Lima, em entrevista à Inforpress, as medidas impostas no quadro de ajuda às empresas fizeram com que “um número significativo” de empresas ficasse de fora, e “até este momento os problemas continuam”.
“O lay-off no início foi bom. Mas quiseram renovar o lay-off sem ter em conta a degradação da situação das empresas. Neste momento está-se a discutir a situação do lay-off, nós já demos o nosso parecer sobre isso, nós não estamos de acordo com a forma como o lay-off está sendo renovado, as empresas já não têm mais fundos”, prosseguiu Spencer Lopes.
A mesma fonte reiterou que “muitas empresas não irão aderir” e vão passar para os despedimentos, levando ao agravamento dos problemas.
“É isso que nós já dissemos ao Governo, estamos à espera do que o Governo vai fazer. A questão que se põe é que quando começar a retoma, as empresas vão fazer novos investimentos, sobretudo na área do turismo, para que elas estejam em condições”, finalizou o presidente da Câmara de Comércio do Sotavento.