Segundo refere a Reuters os preços globais do petróleo registaram nesta quarta-feira sua maior queda desde os primeiros dias da pandemia, quase dois anos atrás, depois que os Emirados Árabes Unidos disseram que apoiariam o aumento da produção um mercado em desordem devido a interrupções no fornecimento causadas por sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia.
Aquela agência aponta que o petróleo Brent caiu mais de 17% durante a sessão antes de fechar, esta quarta-feira, em queda de 16,84 dólares, ou 13,2%, a 111,14 dólares o barril, a maior queda diária desde 21 de Abril de 2020.
O petróleo dos EUA encerrou com recuo de 15,44 dólares, ou 12,5%, a 108,70 dólares o barril, o pior dia desde Novembro.
"Nós somos a favor do aumento da produção e incentivamos a OPEP a considerar níveis mais altos de produção", disse o embaixador Yousuf Al Otaiba no Twitter da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Washington.
A queda dos preços também foi exacerbada por traders que interpretaram alguns comentários de um ministro iraquiano como a disposição do país de aumentar a produção, se necessário. No entanto, o comerciante estatal de petróleo SOMO esclareceu mais tarde que vê os aumentos mensais da OPEP+ como suficientes para resolver qualquer escassez de petróleo.
Há apenas uma semana, o grupo e seus aliados, conhecidos como OPEP +, culparam a geopolítica pela alta dos preços, e não a falta de oferta, e decidiram não aumentar a produção mais rapidamente do que o actual aumento. A OPEP +, que inclui a Rússia, tem como meta um aumento na produção de 400.000 barris por dia a cada mês e resistiu às demandas dos Estados Unidos e de outros países consumidores para bombear mais.
A Rússia é o maior exportador mundial de petróleo e combustível sendo responsável por 7% da oferta global.