Anúncio feito pelo Vice Primeiro-Ministro, ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, no acto de assinatura do Protocolo de Cooperação com os bancos comerciais para a Operacionalização do Processo de Atribuição da Bonificação de Taxa de Juro para a microprodução de electricidade por fontes de energia renováveis.
“Isso é muito relevante. Para além de terem uma bonificação do Estado de 50% nos juros - se for 9 paga 4,5, se 5 pagam 2,5 - , podemos dar apoio a fundo perdido até 450 mil escudos, o que corresponde a um máximo de 75% da despesa incorrida pela empresas em relação ao investimento para a produção de energias renováveis”, explica.
Para António Moreira, presidente da comissão Executiva da Caixa Económica de Cabo Verde, em representação dos bancos comerciais, o protocolo está em linha com a preocupação dos bancos, que na sua maioria já disponibilizam linhas de financiamento para as renováveis.
"Mas também para veículos eléctricos em condições já mais vantajosas do que as condições normais. Aqui o Estado vai dar uma contribuição significativa. Portanto, a bonificação de juros em 50%, com uma taxa de referência de 9%, que por sinal é a taxa que os bancos praticam e portanto, vai, efectivamente contribuir para a aceleração do acesso ao crédito e, por essa via, da produção de energia e redução da produção de dióxido de carbono, da importação, da factura energética, etc." avança.
A operacionalização do Programa de Bonificação para a Microprodução de Energias Renováveis visa promover o incentivo do Estado à bonificação de juros nos créditos às famílias, micro e pequenas empresas que se enquadram nos escalões de baixa tensão de consumo, de forma a facilitar os investimentos e o acesso ao crédito para aquisição de sistemas de auto-produção, no regime de microprodução de renováveis.