De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), do lado da procura, o crescimento foi impulsionado principalmente pelas despesas de consumo final das famílias, que subiram 13,8%, e pelas exportações, que registaram um aumento expressivo de 78,9%.
Por outro lado, o investimento apresentou uma evolução negativa de 10,3%, enquanto as despesas da administração pública e das instituições sem fins lucrativos (ISFL) também diminuíram em volume, com variações negativas de 2,8% e 2,4
Os resultados divulgados pelo INE apontam que na óptica da produção, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) e preços de base tiveram uma evolução positiva de 12,4%. As actividades com maior contribuição para esse crescimento foram o Comércio, com um aumento de 28,8%, o sector de Alojamento e Restauração, que registou uma subida de 224,5%, e as actividades administrativas e serviços de apoio, que cresceram 58,4%.
Já o sector primário sofreu uma queda de 6,4%, enquanto os sectores secundário e terciário apresentaram variações positivas de 4,4% e 15,5%, respectivamente.
Os impostos líquidos de subsídios sobre os produtos, segundo o INE, também tiveram um impacto significativo, com uma evolução de 39,1%, contribuindo com 5,1 pontos percentuais para a variação total do PIB.
Comparativamente ao ano de 2021, o crescimento do PIB em 2022 foi superior em 8,8 pontos percentuais, reflectindo a recuperação e o crescimento robusto de sectores-chave da economia. O aumento nas importações, de 18,2%, também contribuiu para esse panorama de expansão.