Segundo os dados revelados hoje, as exportações nacionais aumentaram, passando de 1.990 mil contos no 2º trimestre de 2024 para 2.433 mil contos no 2o trimestre de 2025, o que representa um acréscimo de 22,2% (+443 mil contos).
A Europa continua sendo o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo 95,3% do total das exportações cabo-verdianas. Apesar de representar apenas 1,5% do total das exportações, o continente africano destacou-se em termos de crescimento relativo, com um aumento expressivo de 718,8% nas exportações no segundo trimestre de 2025.
Conforme a mesma fonte, este crescimento deve-se, sobretudo, ao reforço das exportações de pedras naturais para a construção civil com destino à Gâmbia.
Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 47,6% no 2o trimestre de 2025, tendo diminuído 13,0 p.p. face ao trimestre homólogo de 2024.
Já o Reino Unido ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações, com 23,1%, aumentando 23,1 p.p. A Itália ocupa a terceira posição, com 14,9%, diminuindo 4,9 p.p. face ao registado no trimestre homólogo. Portugal, em quarto lugar, registou um decréscimo de 3,6 p.p. (13,1% para 9,5%), e Estados Unidos, em quinta posição, teve um decréscimo de 1,4 p.p.
Ainda no segundo trimestre de 2025, os preparados e conservas de peixes mantiveram-se como o principal produto de exportação de Cabo Verde, representando 62,3% do total, embora tenham registado uma diminuição de 20,3 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior.
Em segundo lugar, surgem os Selos postais, fiscais e semelhantes, não obliterados, com valor facial reconhecido no país, com 23,0%, exportados sobretudo para o Reino Unido.
Seguem-se os vestuários, com 4,7%, e os calçados, com 2,9%, completando assim a lista dos quatro principais produtos exportados por Cabo Verde no trimestre em análise.
Importações
O INE avança que no período em análise, as importações totais de Cabo Verde registaram uma redução de 11,0%, passando de 48.561 mil contos para 43.239 mil contos (-5 321 mil contos), face ao mesmo trimestre do ano de 2024.
O continente europeu manteve-se como o principal fornecedor de Cabo Verde, representando 59,2% do total das importações, embora tenha registado uma diminuição em relação ao segundo trimestre do ano anterior, quando correspondia a 64,8% do total.
Em segundo lugar surge o continente africano, com uma participação de 19,0%. Seguem-se a Ásia/Oceânia, com 15,2%, a América, com 5,6%, e o Resto do Mundo, com 1,0%.
Estatísticas do Comércio Externo
No segundo trimestre de 2025, Portugal continuou a ser o principal parceiro comercial de Cabo Verde, liderando as importações com um total de 11.520 mil contos, o que representa 26,6% do valor total importado.
No entanto, aponta o INE, registou-se uma diminuição de 10,3% face ao mesmo período de 2024, quando as importações provenientes de Portugal totalizaram 12.842 mil contos.
Ainda no segundo trimestre de 2025, a Nigéria destacou-se como uma novidade no panorama das importações cabo-verdianas, ascendendo à segunda posição entre os principais países fornecedores.
As importações provenientes deste mercado totalizaram 7.664 mil contos, o que representa 17,7% do total, contrastando com os 1 mil contos registados no mesmo período de 2024.
“Este crescimento expressivo está diretamente associado à importação de combustíveis, um dos principais produtos importados por Cabo Verde. Em terceiro lugar surge a Espanha, com 7.382 mil contos (17,1%), tendo registado uma redução de 21,9% face ao segundo trimestre de 2024, quando o valor importado foi de 9.454 mil contos”, lê-se.
Na lista dos principais fornecedores seguem-se a China (5,9%), França (5,2%) e Arábia Saudita (4,0%), mantendo-se entre os parceiros com maior peso, ainda que com variações face ao período homólogo.
Os dez principais produtos importados representaram 68,4% do total das importações de Cabo Verde no segundo trimestre de 2025, o que traduz uma diminuição de 1,7 pontos percentuais face aos 70,1% registados no mesmo período de 2024.
Já os produtos mais importados foram: os combustíveis (40,7%), os veículos automóveis (4,7%), reatores e caldeiras (4,5%), as máquinas e motores (4,1%) e o ferro e suas obras (3,2%), em comparação com o segundo trimestre de 2024.
Relativamente as importações por grandes categorias de bens mostram que, no 2o trimestre de 2025, os bens de consumo (5,3%) e os bens intermédios (8,0%) evoluíram positivamente.
Os bens de capital (-4,8%) e os combustíveis (-26,8%) evoluíram no sentido inverso, em relação ao mesmo trimestre de 2024. Os combustíveis (40,7%) são a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde.
A seguir, aparecem os bens de consumo, com 31,8%, os bens intermédios, com
18,9%, e os bens de capital, com 8,6%, registados no 2º trimestre de 2025, em comparação com o mesmo trimestre do ano transato.