PIB cresceu 2,7% no 3.º trimestre de 2023

PorJorge Montezinho,6 jan 2024 17:09

Taxa de variação homóloga do PIB em volume (%)
Taxa de variação homóloga do PIB em volume (%)

Dados económicos relativos aos três últimos meses do ano foram divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

No 3.º trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto registou, em termos homólogos, uma variação positiva de 2,7%, em volume, dados das Contas Nacionais Trimestrais, publicadas esta terça pelo INE. Mas esta é a menor subida do ano, quando comparada com os trimestres anteriores (8,4% no primeiro e 3,4% no segundo).

Do lado da oferta, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) – a diferença entre o valor das vendas e os custos que as empresas têm com matérias-primas, trabalhadores e equipamentos utilizados na produção dos bens e serviços que vendem – apresentou uma variação homóloga positiva de 2,2%, destacando-se as actividades das Indústrias transformadoras, Alojamento e restauração, Actividade de informação e de comunicação e Actividades de serviços às empresas. Os Impostos líquidos de subsídios apresentaram uma evolução homóloga positiva de 5,5%.

Na óptica da procura, o consumo privado aumentou 6,2% em termos reais, no 3º trimestre de 2023 – ou seja, as despesas de consumo final das famílias residentes no país, que inclui as despesas em bens duradouros (automóveis, eletrodomésticos), as despesas em bens não duradouros (comida, roupa) e as despesas em serviços (educação, saúde).

O consumo público apresentou uma taxa de variação homóloga positiva de 4,6%, em volume – as despesas de consumo de bens e serviços realizadas pelo Estado, que inclui as despesas dos diferentes organismos da administração pública relacionadas com salários dos funcionários públicos e com educação, saúde, justiça e obras públicas, entre outras.

O Investimento registou uma variação homóloga negativa de 23,2%, em volume, no 3.º trimestre de 2023 – despesas das empresas na aquisição de tecnologia e infraestruturas utilizadas na produção de bens ou serviços, como edifícios, máquinas e outros equipamentos. Inclui ainda as despesas das famílias com a compra de habitação, por se considerar que a aquisição de habitação é um investimento

As exportações e Importações de bens e serviços, em volume, diminuíram no 3.º trimestre de 2023 (ambos 7,1%).

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Importações e exportações diminuíram em Novembro

Segundo o INE, no mês de Novembro de 2023, as exportações de Cabo Verde totalizaram 380 mil contos, correspondendo a uma diminuição de 63 mil contos (-14,3%), face ao mês homólogo.

A Europa continua sendo o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo 87,0% do total das exportações nacionais.

Conforme a mesma fonte, a Espanha, lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando (55,2%) no mês de Novembro de 2023, tendo diminuindo 13,5 p.p. face ao mês homólogo de 2022.

Portugal ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações (18,7%), aumentando 5,3 p.p. A Itália, no terceiro lugar (12,4%), registou um aumento de 1,8 p.p., e os Estados Unidos, na quarta posição, aumentaram (9,0%).

No mês de Novembro de 2023, entre os produtos exportados por Cabo Verde, os preparados e conservas de peixes lideram o ranking com (60,4%), diminuindo 11,9 p.p., os vestuários ocupam o segundo lugar, com (10,5%), aumentando 1,9 p.p., e os peixes, crustáceos e moluscos a terceira posição, com (9,2%), aumentando 1,5 p.p. em relação ao registado no mesmo mês do ano anterior.

O INE refere que estes três produtos representaram, no mês em análise, 80,2% do total das exportações de Cabo Verde, diminuindo 8,5 p.p. comparativamente ao registado (88,6%) no mesmo mês de 2022.

Quanto às importações, no mês de Novembro de 2023, totalizaram 8.166 mil contos, correspondendo a uma diminuição de 1.190 mil contos (-12,7%), face ao mês homólogo.

O continente europeu é o principal fornecedor de Cabo Verde, com um peso de 66,6% do montante total (contra 68,1% do mês de Novembro do ano transato), seguido da Ásia/Oceânia (17,0%), da Ásia/Oceânia (20,1%), da América (9,6%), da África (1,7%) e do Resto do Mundo (1,9%).

Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde, com 45,4% do total das importações, (com um aumento de 3,5 p.p. em relação ao mesmo mês do ano anterior), seguido da Arábia Saudita (12,3%), da Espanha (9,1%), Brasil (5,0%), China (4,5%) e Países Baixos (3,7%).

Os dez principais produtos importados, atingiram 53,6% do montante total das importações de Cabo Verde (contra os 58,3% alcançados por esses mesmos produtos no mês homólogo).

Os produtos mais importados foram os combustíveis (21,6%), veículos automóveis (5,4%), reatores e caldeiras (4,6%), ferro e suas obras (3,8%), máquinas e motores (3,5%), e leite e laticínios (3,3%).

Já as importações por grandes categorias de bens mostram que, no mês de Novembro de 2023, todas as categorias de bens evoluíram negativamente em relação ao mesmo mês de 2022.

Os bens de consumo (-5,0%), os bens intermédios (-13,5%), os bens de capital (-39,9%) e os combustíveis (-14,9%).

Segundo o INE, os bens de consumo com um peso de (46,5%) continuam a ser a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde. Seguem-se os Bens Intermédios, com (25,2%), os Combustíveis, com (21,6%) e os Bens de Capital, com (6,7%) registados no mês de Novembro de 2023, em comparação com o mesmo mês do ano transacto.

Sheilla Ribeiro

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1153 de 3 de Janeiro de 2024

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Autoria:Jorge Montezinho,6 jan 2024 17:09

Editado porEdisângela Tavares  em  30 set 2024 23:26

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