Ensino superior, regionalização, emprego e economia foram temas que a líder do maior partido da oposição abordou nesta entrevista ao Expresso das Ilhas. Para a presidente do PAICV o Primeiro-ministro não pode “continuar a pensar que pode enganar eternamente os cabo-verdianos”
Também neste número, a recompra dos Títulos Consolidados de Mobilização Financeira, que custa mais de 11 milhões de contos. O alerta partiu do antigo governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo: à luz da legislação, nomeadamente a Lei de Enquadramento do Orçamento, o Orçamento do Estado para 2018 devia acomodar a obrigatoriedade de recompra dos TCMFs pelo Estado. Mas esta lei não foi cumprida, pelo que esta responsabilidade, de mais de onze milhões de contos, vence no dia 17 de Agosto deste ano sem que esteja considerada nas operações de financiamento no Orçamento do Estado para 2018. Ministério das Finanças diz que está a trabalhar numa solução.
Ainda o Dia Mundial do Livro: Fazer chegar o livro a cada canto de Cabo Verde. Com o Plano Nacional de Leitura em fase de montagem e a iniciativa presidencial “Ler mais, Saber mais” a descentralizar-se, há cada vez mais sinais de que a sociedade civil também está a abraçar a leitura e a proliferação de livros como um desígnio nacional. Afinal, para ler mais é fundamental ter acesso aos livros.
Inspecção Tributária: Milhares de facturas ilegais apreendidas na Praia. Mais de 2000 cadernetas de facturas ilegais foram apreendidas na Praia, no âmbito das operações de fiscalização levadas a cabo pelo Serviço de Inspeção Tributária e Aduaneira da Direcção Nacional de Receitas do Estado (DNRE) nos meses de Março e Abril. A estas junta-se também um número significativo encontrado no Sal. Jeremias Fernandes, director do Serviço adianta que estas operações serão intensificadas, uma necessidade que se impõe para garantir o bom funcionamento do sistema tributário. A par destas acções fiscalizadoras, prossegue a sensibilização para a importância das facturas no controlo fiscal e seus benefícios para o país e seus cidadãos.
Roger Nkodo Dang, presidente do Parlamento Pan-Africano: “Podemos aprender muito com Cabo Verde em matéria de democracia”. O Parlamento Pan-Africano, que agrupa 55 países do continente, teve até agora como função verificar o funcionamento de outros parlamentos do continente, mas com a assinatura do protocolo de Malabo (Guiné-Equatorial), pelos estados membros, em 2014, o Parlamento Pan-Africano passará a poder legislar sobre questões como a livre circulação de bens e pessoas nos países africanos. Para sensibilizar as autoridades cabo-verdianas para a ratificação do referido protocolo, esteve na passada semana na Praia o presidente do Parlamento Pan-Africano, o camaronês Roger Nkodo Dang. O diplomata de formação que é candidato a um segundo mandato como presidente do Parlamento diz que parte com a convicção do apoio de Cabo Verde e que leva a garantia que o protocolo de Malabo será ratificado.
A educação subiu ao Parlamento: PAICV preocupado, Governo considera estar no bom caminho. No debate realizado a pedido do maior partido da oposição, Carlos Delgado, deputado do PAICV, acusou o governo de estar a criar um ensino superior “anémico, desmotivado e sem norte” e de estar simultaneamente a votar ao abandono as instituições de ensino superior que existem no país. Já o secretário de Estado da Educação, Amadeu Cruz, defendeu que “o ensino superior em Cabo Verde nos últimos dois anos está no bom caminho” e que o governo continua a dar “uma atenção especial” a este sector da educação.
No interior, a opinião de José Almada Dias, O papel do desporto e dos grandes eventos desportivos no desenvolvimento; de Eurídice Monteiro, Praya perdeu o ípsilon; e de António Ludgero Correia, A nova vaga de descentralização.