Malta, com 316 km2 – menor que a ilha de São Nicolau – e 500 mil habitantes recebeu, no ano passado, 3,5 milhões de turistas. Nesta entrevista, Lawrence Gonzi explica ao Expresso das Ilhas como as alterações climáticas já afectam o seu país, mas falou também da pressão migratória e de como o seu país diversificou a economia e reduziu a dependência do Turismo de mais de 60% do PIB para 15%.
Também em destaque está a reportagem ‘Presos em casa. Jovens adiam independência devido ao custo de vida’.
Aos 30 anos, muitos jovens cabo-verdianos ainda vivem com os pais – não por escolha, mas por necessidade. Estes apontam que o alto custo de vida, os baixos salários ou até mesmo o desemprego geram dificuldades em garantir habitação própria ou aarrendada. Mesmo aqueles que já constituíram família enfrentam obstáculos para sair da casa dos pais, criando um cenário social onde diferentes gerações partilham o mesmo teto por mais tempo do que o esperado.
Mas há mais para ler nesta edição do Expresso das Ilhas.
Damos igualmente destaque ao mais recente relatório do FMI sobre Cabo Verde.
As empresas públicas são um dos riscos assinalados pelo Fundo Monetário Internacional no documento que resultou da quinta avaliação da Linha de Crédito Ampliada (ECF) e a segunda avaliação do Financiamento para a Resiliência e Sustentabilidade (RSF). Cabo Verde é vulnerável a choques externos e internos e as reformas das empresas estatais (SOE) continuam a ser essenciais, diz o FMI, para melhorar o desempenho financeiro e reduzir os riscos fiscais e do sector financeiro.
Atenção também à segurança rodoviária.
Os acidentes de viação envolvendo carrinhas que transportam passageiros na caixa, e que resultam em perda de vidas, continuam a ser uma realidade nas nossas estradas. A lei é clara, mas continua a ser desrespeitada por muitos. O transporte na caixa deve ser excepção e só pode ocorrer quando licenciado.
Escrevemos também sobre confiança.
Os tempos para a economia são incertos, mas para a sociedade o cenário não é diferente, como mostra o último barómetro de confiança Edelman, que avalia, há 25 anos, a confiança das pessoas. E em quem confiamos afinal? Não é nos governos, nem nas instituições; nestes tempos inconstantes, confiamos em marcas e em empresas. Por outro lado, indica também esta recolha que aconteceu em 28 países, há um crescente sentimento de injustiça e desigualdade e isso leva às queixas. Um cenário global já espelhado também em Cabo Verde, como revelou, há pouco tempo, um estudo da Afrosondagem.
Na Opinião destaque para os artigos ‘Atacar e desacreditar a Justiça para se assegurar a impunidade’ de Olavo Freire; ‘Cabo Verde e o Desafio do Populismo: Instituições ou Ilusões?’ da autoria de Luís Carlos Silva; ‘VBG em Cabo Verde – Violência cultural latente, dor silenciada’ e ‘Repensar a Educação. Padrões OCDE: Caminho ou Utopia?’ de Brito-Semedo.