“Sem qualquer mandado judicial, a polícia arrombou três portas da nossa sede e escorraçou-nos", referiu Hijazi, também presidente da comissão preparatória do 9.º congresso do PAIGC.
A reunião devia ter começado na terça-feira, mas foi interditada pela polícia guineense que alega ter ordens judiciais para impedir que o encontro se realize.
O secretário nacional afirmou que um agente que se identificou "apenas como sendo o comandante", mandou que retirasse os cerca de 210 congressistas que se encontravam no interior da sede.
"Perguntei-lhe quem deu ordens para retirar pessoas da sede, ele respondeu-me que eram ordens superiores", contou Aly Hijazi, acrescentando que, não tendo acatado a ordem do agente, este mandou os outros agentes arrombarem as portas.
Aly Hijazi referiu não ter havido nenhuma resistência dos militantes e dirigentes do PAIGC que se encontravam na sede do partido desde domingo à noite à espera da abertura do congresso.
A polícia lançou algumas granadas de gás lacrimogéneo para obrigar os congressistas a afastarem-se da sede.
O secretário nacional receia que, não estando na sede nenhum militante, possa haver actos de vandalismo no local.
Militantes do PAIGC que se consideram excluídos injustamente das conferências de base que determinaram a escolha de delegados ao congresso apresentaram três providências cautelares para impedirem a realização do congresso.