A posição do presidente do PAIGC está expressa num vídeo publicado na sua página, no YouTube.
“Está na hora de deixarmos de lado toda a distracção e exigirmos ao Presidente da República que marque as eleições e permita ao povo guineense escolher os seus legítimos representantes. Na democracia é assim. Em 2014 votámos e escolhemos uma nova assembleia, Quatro anos depois, está na hora de renovar os órgãos”, afirma Simões Pereira.
As legislativas na Guiné-Bissau estavam marcadas para 18 de Novembro, mas dificuldades técnicas e financeiras levaram a atrasos no início do recenseamento, que acabou por ter de ser prolongado para além da data prevista para a realização das eleições. O Presidente guineense, José Mário Vaz, anunciou que só marcará a nova data das legislativas após o recenseamento estar completo.
Esta quinta-feira, o Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau suspendeu o recenseamento eleitoral no país por alegadas irregularidades no processo.
Domingos Simões Pereira denuncia o que classifica de manobras de distracção para evitar que as eleições sejam realizadas.
“São formas de distracção, numa tentativa de derrubar o governo, de colocar em causa o método de recenseamento. Os atrasos verificados não só na embaixada, mas nas próprias bases eleitorais em Bissau, interferências de partidos políticos, ameaças de abandonar o governo, ameaças de agressão a membros do governo e particularmente à ministra que está à frente daquele ministério e agora, mas recentemente, ouvimos tentativas de colocar em causa os técnicos da GTAPE e o próprio funcionamento de alguns órgãos da soberania. São tentativas de tirar os guineenses do sério e distraí-los daquilo que é mais importante”, alerta.
Em Agosto de 2015, o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, saído das eleições de Fevereiro de 2014, devido à sequência de tensões e divergências entre os dois responsáveis políticos sobre a forma de governar o país.