"O PAIGC não abdica nem renuncia à vitória conquistada nas urnas no dia 10 de Março e irá formar um Governo com os parceiros da sua maioria parlamentar", afirmou Domingos Simões Pereira.
O presidente do PAIGC falava durante uma conferência de imprensa que os partidos da maioria parlamentar deram numa unidade hoteleira, em Bissau, com a presença de dezenas de apoiantes.
O partido vai "utilizar todos os recursos que dispõe para exigir a responsabilização dos que obstaculizam o respeito da ordem democrática", salientou Domingos Simões Pereira.
Domingos Simões Pereira exortou também as forças de defesa e segurança para se manterem "distantes do jogo político" e à comunidade internacional para respeitar as instituições democráticas guineenses e responsabilizarem os que se opõem ao exercício da democracia.
"À população pedimos calma e serenidade, mas determinação e firmeza na defesa dos valores da liberdade e da justiça", pediu Domingos Simões Pereira.
Por último, o líder do PAIGC afirmou que no domingo cessaram todo os poderes do Presidente guineense, José Mário Vaz, e que por isso o chefe de Estado deve "abster-se de quaisquer actos inerentes à sua função, devendo os demais órgãos de soberania auferir sobre as modalidades para a cobertura do vazio" até à realização das presidenciais, previstas para 24 de Novembro.
José Mário Vaz cumpriu cinco anos de mandato no domingo e apesar de a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ter pedido a nomeação de um Governo, que represente o resultado eleitoral de 10 de Março, até aquela data, o Presidente guineense continuar ser o nomear.