Na semana passada, a ONU condenou a Coreia do Norte “pela violação sistemática e generalizada dos direitos humanos” e por desviar recursos para armas nucleares e mísseis em vez de cuidar do bem-estar da população.
O país, dominado há três gerações pela dinastia Kim, foi acusado pelas Nações Unidas de abusos sistemáticos, incluindo tortura, violação e execuções extrajudiciais. Rússia, China, Cuba e Venezuela mantiveram-se à margem da votação.
Há 14 anos que as Nações Unidas adoptam tais resoluções, mas a Coreia do Norte continua a negar categoricamente qualquer violação dos direitos humanos, acusando a ONU de querer difamar o regime.
O jornal norte-coreano Rodong, o principal diário norte-coreano, descreveu o último texto como uma “grave provocação política e uma tentativa viciosa de manchar a reputação internacional da Coreia do Norte”.
“A má intenção dos Estados Unidos em se pronunciar sobre a questão inexistente dos direitos humanos é ampliar o escopo das sanções e pressões e fortalecê-las”, pode ler-se no jornal.
Rodong ataca também a Coreia do Sul pelo seu apoio ao texto, “sem reflexão”, que “manchará a atmosfera de melhoria das relações Norte/Sul”.
Os Estados Unidos pretendiam uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, mas recuaram no início de Dezembro, por não estarem seguros quanto ao apoio dos seus parceiros.