Este apoio será dirigido a cerca de 650 mil vítimas das cheias e do ciclone Idai nas províncias de Maputo, Gaza, Sofala, Inhambane, Manica e Tete.
O apelo baseia-se numa avaliação levada a cabo pela equipa das Nações Unidas para Desastres, Avaliação e Coordenação (UNDAC), a equipa da ONU no país e o governo de Moçambique. Uma avaliação precisa dos danos gerais causados pelas inundações só será conhecida quando as águas começarem a descer.
Em declarações à ONU News, desde Maputo, o coordenador de emergência do Programa Mundial de Alimentação, PMA, Pedro Matos falou sobre os trabalhos de assistência.
“Depois desta fase de resgate, de salvar vidas, das pessoas que estavam em perigo, a segunda fase é de planeamento de todas as pessoas que têm de ser assistidas, as que foram afectadas pelas cheias e as que foram afectadas pelo ciclone, que é de uma escala muitíssimo superior, das centenas de milhar ou milhões de pessoas. O PMA começou a fazer distribuições de comida desde o início, desde segunda-feira, desde que tivemos acesso aos centros de acolhimento, e neste momento estamos a expandir toda a operação para aceder às pessoas que têm estado isoladas e que estão a ficar sem comida ou que já não comem há muitos dias.”
Sábado, o Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA) assumiu a coordenação da gestão humanitária na cidade da Beira.
A necessidades de longo prazo serão uma das preocupações de uma conferência internacional de doadores que deve ser realizada em Roma, Itália, no final de abril.
Em nota, as Nações Unidas dizem esperar que “os doadores continuem a contribuir generosamente para a reabilitação de Moçambique arrasado pelas cheias.”