​Missão da CEDEAO a Bissau adiada para data a anunciar oportunamente

PorExpresso das Ilhas, Lusa,15 jun 2019 8:51

A missão que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tinha previsto realizar hoje à Guiné-Bissau foi adiada, anunciou ontem fonte da representação da organização em Bissau.

"Cumpre-nos informar que a missão ministerial da CEDEAO foi adiada. Oportunamente comunicaremos a nova data", refere uma mensagem da representação em Bissau enviada à imprensa.

A CEDEAO realiza desde há alguns anos missões regulares à Guiné-Bissau para acompanhar a situação política no país.

A última deslocação de uma equipa ministerial da CEDEAO a Bissau ocorreu em 30 de Abril, tendo sido pedido aos atores políticos guineenses um diálogo construtivo que pusesse os interesses do país em primeiro lugar.

Então, a CEDEAO pediu também a resolução do impasse para a eleição da mesa do parlamento guineense e a nomeação do novo primeiro-ministro.

As eleições legislativas na Guiné-Bissau realizaram-se em 10 de Março, mas o Presidente guineense, José Mário Vaz, só ouviu hoje os partidos políticos.

José Mário Vaz tem alegado que ainda não indigitou o primeiro-ministro e nomeou o Governo devido ao impasse que existe para a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, para segundo vice-presidente da Assembleia Nacional.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para o cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas esta foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o Partido de Renovação Social (PRS) reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da Assembleia Nacional.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos: um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados; e outro, que junta o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48 deputados.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,15 jun 2019 8:51

Editado porFretson Rocha  em  15 mar 2020 23:21

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