O secretário-geral da ONU presta “solidariedade aos mais de 70 milhões de mulheres, crianças e homens, refugiados e deslocados internos, que foram forçados a fugir da guerra, do conflito e da perseguição.”
Em mensagem publicada esta quinta-feira, António Guterres afirma que “este é um número impressionante” e que representava “o dobro do que era há 20 anos".
Segundo o chefe da ONU, a maioria dos deslocados forçados veio de apenas alguns países, como Síria, Afeganistão, Sudão do Sul, Mianmar e Somália. Nos últimos 18 meses, outros milhões fugiram da Venezuela.
Neste Dia Mundial, Guterres quer “reconhecer a humanidade dos países que abrigam refugiados, mesmo quando enfrentam os seus próprios desafios económicos e preocupações de segurança”. O responsável acredita que a comunidade internacional deve “combinar sua hospitalidade com desenvolvimento e investimento”.
O secretário-geral considera “lamentável” que o exemplo destes países não seja seguido por todos e acredita que é necessário “restabelecer a integridade do regime de protecção internacional.”
Guterres lembra o Pacto Global sobre Refugiados, adoptado em Dezembro passado em Marrocos, dizendo que “oferece um modelo para uma resposta actual aos refugiados.” Segundo ele, “o que os refugiados mais precisam é de paz.”
O lema do Dia Mundial do Refugiado este ano é #CaminheComOsRefugiados - Dê um passo no Dia Mundial dos Refugiados. Em todo o mundo, comunidades, escolas, empresas, grupos religiosos e pessoas de todas as classes sociais estão dando passos em solidariedade aos refugiados. A iniciativa faz parte de uma campanha da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR),
Guterres afirma que “milhões de pessoas em todo o mundo juntaram-se à campanha do Dia Mundial dos Refugiados do ACNUR dão passos, grandes e pequenos, em solidariedade com os refugiados.”