"Concretamente vai ter encontros nas Nações Unidas" para analisar a situação política na Guiné-Bissau, disse a fonte, sem especificar com quem serão os encontros.
Fonte da ONU disse à Lusa que o comité executivo do secretário-geral da Nações Unidas reuniu-se na terça-feira para discutir a situação na Guiné-Bissau.
Mais de três meses depois da realização das eleições legislativas na Guiné-Bissau, em 10 de Março, o Presidente guineense, José Mário Vaz, continua sem nomear um Governo, apesar da exigência feita pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
José Mário Vaz cumpriu cinco anos de mandato no domingo e a CEDEAO pediu ao Presidente guineense para marcar as eleições presidenciais, nomear e indigitar o primeiro-ministro e o Governo, com base nos resultados das legislativas, até terminar o seu mandato.
O PAIGC foi o partido que venceu as legislativas e apesar não ter a maioria fez um acordo de incidência parlamentar e governativa com mais três partidos, conseguindo obter 54 dos 102 deputados do parlamento da Guiné-Bissau.
O partido indicou o nome do seu líder, Domingos Simões Pereira, para o cargo de primeiro-ministro, mas o Presidente recusou, acabando por nomear Aristides Gomes, depois de apresentada nova proposta pelo partido.
Na terça-feira, em conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira acusou o Presidente guineense de tentativa de golpe de Estado com o apoio do Senegal.