O anúncio foi feito hoje, pelo primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, que convocou para esta tarde um Conselho de Ministros extraordinário para adoptar medidas mais restritivas.
Numa declaração à imprensa, o chefe do Governo são-tomense disse que das amostras que seguiram para o Gabão, mais concretamente para o laboratório de Franceville, com o apoio da Organização Mundial de Saúde, quatro testes foram considerados positivos.
O primeiro-ministro anunciou que convocou para esta tarde um Conselho de Ministros extraordinário para "analisar esta nova realidade" e para que sejam adoptadas "medidas mais restritivas".
"O caso é grave" e "o Governo vai continuar a assumir as suas responsabilidades", assegurou Jorge Bom Jesus.
São Tomé e Príncipe era, até agora, o único país lusófono e um dos quatro Estados africanos sem casos da COVID-19. Comores, República Sarauí e Lesoto mantém-se sem registo de casos positivos.
Entretanto, e conforme relata a Lusa, a Guiné-Bissau é agora o país africano lusófono com mais casos registados, depois de, no sábado, ter confirmado 18 pessoas com infecções pelo novo coronavírus. Angola, que já contabiliza duas mortes, registou desde sábado mais quatro casos confirmados da doença, somando agora 14. Moçambique mantém 10 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus.
Cabo Verde totaliza sete casos de infecção desde o início da pandemia, entre os quais um morto.
No contexto das medidas de luta contra a pandemia, o CDC África contabiliza agora 43 países com as fronteiras totalmente fechadas, sete com ligações aéreas suspensas, três com restrições de entrada e saída e dois com restrições de entrada a cidadãos de países de risco.