O responsável da OOAS fez esse apelo, durante o seu discurso de abertura da IIª Sessão Extraordinária do Parlamento da CEDEAO (via videoconferência).
Ainda na ocasião, Stanley Okolo, sublinhou que a organização que dirige tem apoiado, as instituições regionais na investigação e fabrico desses materiais.
“É por isso, que devemos congregar esforços para mobilizarmos os recursos financeiros necessários para apoiar a comunidade científica, na descoberta das vacinas contra a COVID-19”, afirma Stanley Okolo.
E apelou os líderes dos Estados membros da CEDEAO para que sejam mais solidários na disponibilização de recursos para o sector da saúde, em tempo desta pandemia que tem assolado o mundo e, particularmente, a África e a nossa sub-região.
O Director Geral da OOAS encorajou os 15 Estados membros do bloco regional a consentir esforços no sentido de implementar o Protocolo de Abuja sobre a alocação de 15% dos orçamentos nacionais, para o sector da saúde.
“Não podemos fazer tudo isso apenas com parceiros estrangeiros através de financiamentos, no quadro da cooperação. Portanto, o financiamento doméstico à saúde é realmente fundamental e necessário”, afiança Stanley Okolo recorrendo ao exemplo de Mali que gasta cerca de 25% do seu orçamento com a segurança, em detrimento dos 15% com a saúde das suas populações.
"É por isso que a OOAS também defende o perdão da dívida, junto dos seus parceiros internacionais”, remata.
Já no final do seu discurso, Stanley Okolo, instigou os parlamentares da CEDEAO para que juntamente com a OOAS ajudem também algumas indústrias farmacêuticas na descoberta de fármacos contra a COVID-19, através da Parceria Público Privado (PPP)
Sobre a análise e diagnóstico desta pandemia, o responsável da OOAS lembrou os parlamentares da CEDEAO que neste momento, a única instituição regional que tem trabalhado nos testes de diagnóstico é o Instituto Pasteur, em Dakar, Senegal.
É por isso, disse Stanley Okolo, que a OOAS assinou um memorando de entendimento com aquele instituto, onde a organização regional da saúde disponibilizou algumas verbas para apoiar a investigação sobre a COVID-19.