Os dois altos responsáveis políticos disseram, numa reunião com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que os EUA aprovaram um total de 713 milhões de dólares (661 milhões de euros) em financiamento militar estrangeiro para a Ucrânia e 15 países aliados e parceiros.
Desse valor, a Ucrânia irá receber 322 milhões de dólares (299 milhões de euros) em financiamento militar estrangeiro e 165 milhões de dólares (153 milhões de euros) em munições.
O restante será distribuído pelos países membros da NATO e outras nações que forneceram a Kiev apoio militar desde o início da guerra.
Durante o encontro, Blinken e Austin revelaram ainda que o Presidente dos EUA, Joe Biden, irá nomear Bridget Brink, actual embaixadora na Eslováquia, como nova embaixadora na Ucrânia.
Os diplomatas que partiram antes da invasão da Rússia irão começar a retornar ao país na próxima semana, mas a embaixada norte-americana em Kiev continuará de portas fechadas, por enquanto.
Esta foi a visita norte-americana de mais alto nível à capital da Ucrânia desde o início da invasão, tendo apenas sido confirmada pela Casa Branca após o regresso de Blinken e Austin à Polónia.
Zelensky tinha avisado os dois secretários norte-americanos que não podiam vir “de mãos vazias”. “Estamos à espera de coisas específicas e de armas específicas”, disse o Presidente ucraniano, no domingo.
A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais quase 5,2 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).