Rússia protesta contra críticas de Biden

PorExpresso das Ilhas, Lusa,21 mar 2022 15:28

A Rússia alertou hoje que as suas relações com os EUA estão "à beira de uma ruptura" e chamou o embaixador norte-americano para apresentar um protesto oficial contra as críticas do Presidente Joe Biden ao homólogo russo, Vladimir Putin.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia classificou hoje as recentes declarações de Biden sobre Putin como "inaceitáveis".

O Presidente dos Estados Unidos referiu-se, na semana passada, a Putin como um "criminoso de guerra" no âmbito da invasão russa da Ucrânia, utilizando esta expressão pela primeira vez desde o início da invasão.

"É um criminoso de guerra", atirou, sem mais detalhes, quando respondia a um jornalista à saída de um evento dedicado à luta contra a violência doméstica, que decorreu na Casa Branca.

A porta-voz da presidência norte-americana, Jen Psaki, esclareceu, entretanto, que Biden tinha falado "com o coração" depois de ter visto imagens das "acções bárbaras de um ditador brutal".

Jen Psaki acrescentou que continua em andamento um "procedimento legal no Departamento de Estado" relativo à qualificação legal de "crimes de guerra" cometidos pela Rússia na Ucrânia.

Até então, nenhum governante norte-americano tinha utilizado publicamente os termos "criminoso de guerra" ou "crimes de guerra", ao contrário de outros Estados ou organizações internacionais.

No encontro com o embaixador dos EUA em Moscovo, John Sullivan, "foi sublinhado que declarações como essas do Presidente norte-americano são indignas de uma figura estatal de tão alto nível e colocam as relações russo-americanas à beira de uma ruptura", referiu o ministério russo.

A Rússia lançou, a 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.

A guerra já matou quase mil civis e feriu cerca de 1.500, incluindo mais de 170 crianças, de acordo com as Nações Unidas. Além disso, o conflito provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas das suas casas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos.

Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,21 mar 2022 15:28

Editado porAndre Amaral  em  5 dez 2022 23:28

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