Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembra que mais pessoas estão vulneráveis com o aumento de desigualdades, agravamento das emergências climáticas e deslocamento recorde.
Ele destaca que a maioria das vítimas é composta de mulheres e crianças, muitas das quais sofrem violência brutal, trabalho forçado e exploração e abuso sexuais horríveis. E os traficantes continuam a operar impunemente.
Para o secretário-geral, os “crimes não estão recebendo atenção suficiente” e é preciso mais investimento em deteção e proteção para mudar o quadro. Guterres diz que criminosos que comercializam seres humanos têm de ser levados à justiça.
Segundo ele, deve ser feito mais para ajudar os sobreviventes a reconstruir suas vidas.
Neste Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, o líder das Nações Unidas apela para o dobro dos esforços em detectar, proteger e apoiar os sobreviventes sem abandonar nenhuma vítima do crime.
Segundo dados da ONU, o número de vítimas, em todo o mundo, caiu 11% em 2020 se comparado a 2019, impulsionado por menos detecções em países de baixa e média rendas.
Já as vítimas do sexo masculino são o único grupo que aumentou cerca de 3% em relação a 2019. A estimativa de tráfico para trabalho forçado em 2020 foi igual à do tráfico para exploração sexual, com pouco menos de 40%, cada.
Em todo o mundo, o número de condenações por crimes de tráfico baixou 27% em 2020 em relação ao ano anterior.