"O inimigo continua a tentar cercar Avdivka", disse o Estado-Maior ucraniano no relatório diário sobre a guerra iniciada pela Rússia há quase 20 meses, citado pela agência espanhola EFE.
Segundo Kiev, registaram-se "mais de 15 ataques inimigos perto de Marinka", na região de Donetsk, e outros cinco a sul de Zolotta Niva e Prechistivka, perto da fronteira com a região vizinha de Zaporijia.
A Rússia está também a conduzir operações ofensivas na zona de Kupiansk (região de Kharkiv, frente nordeste), onde lançou cerca de 15 ataques nas últimas 24 horas.
Há igualmente ataques na frente de Lugansk, com mais cinco tentativas de perturbar as defesas ucranianas, segundo as autoridades militares de Kyiv.
As forças russas estão a tentar recuperar posições perdidas na aldeia de Andrivka, no sul de Bakhmut, em Donetsk, onde a Ucrânia disse ter repelido três ataques.
Na frente de Zaporijia, as tropas de Kiev "evitaram a perda de posições a sudoeste de Novodanilivka e Robotine, e a oeste de Verbove", de acordo com o relatório do Estado-Maior ucraniano.
Esta actividade em várias frentes confirma que a Rússia intensificou as acções ofensivas nos últimos dias, face à incapacidade da Ucrânia de fazer progressos substanciais na contra-ofensiva que iniciou em Junho.
Numa outra frente da guerra, o governador da Crimeia anunciou que a defesa aérea russa abateu oito aparelhos sem tripulação na península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
"Durante a noite, oito 'drones' aéreos inimigos foram neutralizados por guerra electrónica ou abatidos por sistemas de defesa aérea", escreveu Serguei Aksionov nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP.
Aksionov apelou aos habitantes da península para "manterem a calma", sem referir se outros aparelhos atingiram alvos.
Três outros 'drones' foram abatidos na segunda-feira à noite na região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, sem causar vítimas ou danos, de acordo com o governador local, Vyacheslav Gladkov.
As informações sobre o curso da guerra da Rússia contra a Ucrânia não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de Fevereiro de 2022, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.