O gabinete de imprensa da Faixa de Gaza revelou que pelo menos quatro pessoas foram mortas após o exército ter "cortado a electricidade dos ventiladores" a que estavam ligados, indicou a al-Jazeera.
Israel foi ainda acusado de ter detido médicos e enfermeiros, referindo ainda que o exército impediu o acesso dos doentes a farmácias e drogarias, numa "clara violação do direito internacional".
"Consideramos a administração norte-americana, a comunidade internacional e a ocupação israelita totalmente responsáveis por estes crimes em curso contra os doentes, os feridos, as equipas médicas e o nosso povo palestiniano pelo sexto mês consecutivo", enfatizou o mesmo gabinete.
O porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, anunciou na passada segunda-feira o lançamento de uma "operação de precisão" no hospital, alegando que as autoridades dispõem de informações dos serviços secretos que indicam a "utilização" do edifício por "terroristas" proeminentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Em contraponto, as autoridades de Gaza denunciaram que o exército israelita está a cometer "crimes de guerra flagrantes" na sua incursão, enquanto o director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou-se "terrivelmente preocupado" com a situação e lembrou que "os hospitais nunca devem ser campos de batalha".