Jorge Carlos Fonseca discursiva no encerramento do acto de homenagem a 25 combatentes da liberdade da pátria, promovido pela Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP), na Cidade da Praia, a que presidiu e onde ressaltou que não obstante o país ter avançado “bastante”, a economia local continua a caracterizar-se pela “fragilidade”, as condições de vida de muitos cabo-verdianos mantem-se precária e desigualdades sociais e regionais ainda persistem.
“Fez-se um percurso positivo até ao presente. Etapas muito importantes foram ultrapassadas, mas ainda estamos longe de atingir as metas almejadas”, cita a Inforpress.
Jorge Carlos Fonseca reconhece no entanto que o desenvolvimento e o aprimoramento das instituições do Estado tem sido “perseguidos com muita determinação”.
Passados que são 45 anos do assassinato de Amílcar Cabral, a 20 de Janeiro de 1973 em Conacri, o Presidente da República entende a celebração dos heróis da Independência como uma demonstração de “gratidão e de reconhecimento” e a escolha da data como natural já que marca o desaparecimento em circunstâncias “trágicas”, daquele que “encarnou na plenitude” a luta pela independência nacional.
“A partir do sacrifício de muitos combatentes, tendo alguns, como Cabral, oferecido a própria vida, e da inesgotável energia do povo, foi-se erguendo um Estado em cuja viabilidade muitos não acreditavam”, salientou, observando que se edificou um país que se foi impondo na arena internacional.
Durante o evento foram homenageados 25 membros da Associação com mais de 80 anos, entre eles o antigo Presidente da República e actual presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, o intelectual Osvaldo Osório.
Presentes no acto organizado pela ACOLP estiveram também o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, em representação do Governo, e ainda deputados nacionais, membros da associação da ACOLP e o seu presidente, Carlos Reis, e familiares dos homenageados.