O Chefe do Estado considera que o projecto do Centro Internacional de Investigação do Atlântico, com sede nos Açores, pode-se alargar todas as potencialidades de desenvolvimento do país, nomeadamente no domínio marítimo.
“Dá-nos visibilidade e oportunidade de termos aqui cientistas investigadores de nível internacional para, com as nossas universidades, com os nossos cientistas, os nossos investigadores, terem um intercâmbio profícuo no que diz respeito as potencialidades de obtenção de conhecimentos científicos de investigação em áreas que tem a ver com os oceanos, com os espaços, com atmosfera. Nós somos mais mar do que terra e, por tanto, temos cada vez mais que ter noção de que o desenvolvimento de Cabo Verde, passa seguramente pelo mar, pelos oceanos, e pelos conhecimentos, riquezas e investigação que nos produzimos nestas áreas”, explicou.
O projecto está focado na zona do Atlântico, com recurso a tecnologia espacial para recolher e fornecer dados, através de uma rede de computação.
O Director-Geral do Ensino Superior, Aquilino Varela, afirma que os países insulares são os que mais sofrem com as perturbações, quer atmosféricas como também oceanográficas e defende que as dinâmicas costeiras é que interessam a Cabo Verde.
“Tudo o que é oceanográfica é global. Interessam-nos as dinâmicas costeiras, porque os países insulares são aqueles que mais sofrem com as perturbações quer atmosféricas quer as perturbações oceanográficas. Então, interessa para nós as questões costeiras”, avança.
O 3º Diálogo de Alto Nível do AIR Centre é realizado pelo governo de Cabo Verde, através do Ministério da Educação e pela Direcção Geral do Ensino Superior. O evento, que conta com vários especialistas internacionais, decorre hoje até amanha na cidade da Praia.