De acordo com o Ministério Público, no âmbito da investigação, foram realizadas várias diligências que permitiram "consolidar alguns meios de prova".
"No decorrer da investigação, que está em segredo de justiça, foram realizadas um conjunto vasto de diligências de prova legalmente previstas (...) recolher materiais e objectos que foram submetidos a exame laboratorial, recolha de informação e de elementos de prova com auxílio da cooperação policial internacional, buscas domiciliárias e identificação de pessoas com relevância para investigação", lê-se na nota da Procuradoria.
O comunicado da PGR é vago quanto ao andamento do processo, mas fica claro que ainda não há conclusões sobre o paradeiro das cinco pessoas desaparecidas. A equipa vai ser reforçada e um novo relatório deve ser entregue dentro de 30 dias.
"As diligências investigatórias continuarão, conforme estratégia de investigação apresentada para esta fase, que serão realizadas de forma mais intensa e envolvendo mais elementos policiais, entretanto requisitados para auxiliarem a equipa", acrescenta a nota.
Aos órgãos de polícia criminal, a PGR recomendou um conjunto de medidas preventivas "que deverão ser implementadas e divulgadas à população".
A 28 de Agosto de 2017, Edine Jandira Robalo Lopes Soares, de 19 anos, deixou a sua casa alegando que ia levar o bebé para controlo no PMI (Programa Materno-Infantil), na Fazenda. Mãe e filho continuam desaparecidos.
A 14 de Novembro , Edvânea, de 10 anos, saiu de casa para fazer um recado, a menos de 100 metros da sua residência, e não voltou a ser vista.
O último caso aconteceu já este ano, no passado dia 3 de Fevereiro. Clarisse Mendes (Nina), de 9 anos, e Sandro Mendes (Filú), de 11, saíram de casa por volta das 17:00, em Achada Limpa, para comprarem açúcar, em Água Funda. Não regressaram a casa.
A 6 de Fevereiro, e depois de muita pressão mediática, o Ministério Público anunciou a criação de uma equipa conjunta da Polícia Judiciária e Polícia Nacional para investigar os desaparecimentos.