Janine Lélis alerta que a preparação e perícia para trabalhar com este tipo de crimes são fundamentais, tendo em conta as suas especificidades.
"É um crime disfarçado, que não se percebe. Muitas das vezes acontece e não é denunciado, porque as vítimas estão sob coacção dos infractores", explica.
Janine Lélis recorda que o crime de tráfico de pessoas é de difícil de detecção.
"Normalmente, esse tipo de crime é de difícil detenção, exactamente porque as pessoas que são vítimas estão proibidas de falar ou estão sob qualquer tipo de coacção ou intimidação. Então, exige um olhar atento e um compromisso social de todos, para que possamos identificar este tipo de situação e denuncia-la às autoridades", avança.
Sobre os processos abertos relativos ao desaparecimento de pessoas no país, o director da Polícia Judiciária, António Sebastião Sousa, diz que as investigações estão em curso, mas não adianta qualquer novo detalhe.
“As famílias estão sempre a ser ouvidas. É claro que nas investigações não se pode dizer em que pé estão, por causa de segredo de justiça. É um crime de difícil investigação e estamos esperançosos em chegar a bom porto”, remata.
No último ano, foram registados vários casos de desaparecimento de pessoas, em particular menores, no país. As investigações continuam em aberto. O desaparecimento de menores suscitou uma onda de comoção nacional, aliada a preocupação sobre a real situação nesta matéria.