A informação foi avançada à Inforpress pelo recém-empossado presidente do conselho de administração da ARME, Isaías Barreto, que realça a complexidade do processo por este ser um sector novo em matéria de regulação económica e técnica, "que se quer de excelência".
“Nós não podemos começar a regular um sector novo e complexo de um dia para outro. Temos necessariamente que conversar com os principais actores, fazer o trabalho de casa e, a partir de daí, começar a intervir”, explicou adiantando que para o efeito é necessário recolher todas as informações, fazer os estudos necessários para uma decisão sólida.
“Estamos a começar a trabalhar neste momento", precisou, adiantando que todas decisões serão cientificamente fundamentadas.
“Nós já iniciamos o diálogo e tem sido bastante bom. Há um espírito de abertura por parte de todos e certamente iremos avançar na senda de uma regulação de excelência para o mercado cabo-verdiano”, acrescentou.
Isaías Barreto reitera o seu propósito de promover uma “regulação forte” que defenda os consumidores e promova a sustentabilidade dos operadores e, para tal, as decisões terão de ser tomadas com base na realidade cabo-verdiana, mas apoiando-se nas melhores práticas internacionais.
A ARME é uma autoridade administrativa independente que desempenha a actividade administrativa de regulação técnica e económica dos sectores das comunicações, energia, água, transportes colectivos urbanos e interurbanos de passageiros.
Resultou da fusão entre a Agencia Nacional das Comunicações (ANAC) e Agência de Regulação Económica (ARE). O conselho de administração tomou posse há menos de um mês e neste momento toda a equipa da ARE e da ANAC já se encontra a trabalhar nas instalações da extinta ANAC, em Chã de Areia, na Cidade da Praia.