A informação foi avançada hoje à Inforpress, pelo director do Gabinete do Ensino Superior, Ciências e Tecnologia, Aquilino Varela que indica que o executivo está a analisar uma nova modalidade de financiamento para formação no Ensino Superior.
“Somos conscientes que as bolsas de estudos só dão para cobrir 22% dos alunos nas instituições de ensino superior. O Estado disponibiliza, através da FICASE cerca de 500 milhões de escudos para financiar as acções sociais, relativamente as bolsas de estudo, e isto só cobre 22 % do total dos alunos, que é neste momento de quase 12 mil alunos no ensino superior. Assim sendo estamos a trabalhar numa nova modalidade de financiamento do ensino superior”, indica.
Segundo Aquilino Varela a modalidade de bolsa de estudo reembolsável está em cima da mesa.
“Fizemos uma mesa redonda de financiamento, em finais 2017, e essa mesa redonda apontou para uma modalidade de financiamento que seja reembolsável. Claro que isto implica trabalhar todo o mecanismo de reembolso, e implica também trabalhar a constituição de um fundo para que durante a formação, o jovem possa contar com aquele apoio, e só depois quando vier trabalhar, ressarcir o montante recebido”
Este ano lectivo, segundo Aquilino Varela, foram atribuídas cerca de 1.300 bolsas aos alunos que frequentam o ensino superior, sendo que 1094 foram destinadas aos que estudam nas nove universidades no país, incluindo 38 alunos com deficiência, no âmbito da implementação da gratuitidade na inscrição e frequência nos estabelecimentos públicos e privados de educação para pessoas com deficiência.
Para alunos que frequentam o ensino superior em Portugal foram atribuídas 100 bolsas de estudo e os restantes foram para outros países que acolhem estudantes cabo-verdianos.