​Centro Comum de Vistos recusou 3 em cada 10 pedidos de cabo-verdianos para visitar UE

PorExpresso das Ilhas, Lusa,29 abr 2019 9:16

Três em cada dez pedidos de visto de cabo-verdianos que pretendiam deslocar-se a países europeus e que deram entrada em 2018 no Centro Comum de Vistos (CCV), em Cabo Verde, foram recusados, segundo dados oficiais.

De acordo com a embaixadora da União Europeia (UE) em Cabo Verde, Sofia Moreira de Sousa, que citou dados do CCV, no ano passado foram recebidos neste centro 19.306 pedidos de visto, dos quais 5.721 foram recusados (30%).

A diplomata chama a atenção para o aumento de 12% do número de pedidos registado pelo CCV em 2018, em relação ao ano anterior.

Em entrevista à agência Lusa, Sofia Moreira de Sousa chama a atenção para os “milhares de vistos que são pedidos e na percentagem de aceitação e na quantidade de vistos que são processados diariamente, com tudo o que implica”.

“Acredito e tenho confiança que as pessoas que gerem e trabalham nesta matéria, e gerem o CCV, que o fazem com grande profissionalismo”, adiantou.

E acrescentou: “Obviamente que há sempre casos individuais de pessoas que podem sentir-se lesadas”.

“Pode haver alguns casos em que possa não ter havido uma decisão 100% correta, mas quando isso acontece e há um pedido de recurso, a situação é revista”, disse, adiantando: “Esses casos são raros se compararmos com o volume de pedidos e de vistos emitidos pelo CCV”.

Sobre o tema da mobilidade e a eventual possibilidade da União Europeia vir a isentar os cabo-verdianos de vistos de curta duração para entrarem nos Estados-membros, a diplomata é peremptória: “Hoje não estão reunidas as condições. Os Estados-membros e os peritos nesta área consideram que não estão reunidas as condições para as isenções de vistos”.

E vai mais longe ao afirmar que se trata de uma questão que “não está sobre a mesa”.

“Eu sei que a nível da população há uma vontade muito grande para acabar com a necessidade de pedir um visto, mas é uma questão que é preciso todos os Estados-membros estarem de acordo”, disse.

“Sabemos que é uma vontade muito grande de Cabo Verde, uma vontade que poderá ser partilhada por alguns de nós na UE, mas primeiro temos de consolidar o que nós temos. Temos de ter esta parceria a funcionar, demonstrar que os dois lados da parceria têm responsabilidade e são capazes de cumprir com o que está acordado”.

Desde 2008 que a UE e Cabo Verde têm “uma parceria para a mobilidade que se traduz numa facilitação da concepção de vistos para cabo-verdianos que pretendam visitar o espaço Schengen para uma visita de curta duração”.

Sofia Moreira de Sousa sublinhou que, a existir uma isenção de vistos para cabo-verdianos que pretendem visitar países europeus, esta seria sempre para vistos de curta duração, nunca para vistos de residência, de trabalho ou de estudo, porque esses vistos são processados de uma outra forma.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,29 abr 2019 9:16

Editado porAndre Amaral  em  28 jan 2020 23:21

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