Dom Paulino chegou a Cabo Verde para assumir e orientar a Diocese de Santiago em 1975, depois de trabalhar na missão em Angola e Portugal.
De acordo com o jornal Terra Nova, o bispo tomou posse da Diocese a 22 de Junho de 1975 e exerceu o ministério em condições humanas e sociais difíceis e culturalmente adversas, especialmente nos anos 70 e 80.
“A Igreja, sob a sua orientação pastoral, conheceu grandes progressos em termos de organização, de aumento de padres e religiosos e leigos para a obra da Evangelização. Uma atenção especial foi dada por Dom Paulino à Catequese, à Juventude e à pastoral familiar, aspectos que se mantiveram sempre como prioridades pastorais”, lê-se.
Segundo o mesmo jornal, Dom Paulino investiu no Seminário diocesano S. José – coração da diocese – grande parte parte dos recusos financeiros de que dispunha, fruto de muitos pedidos ao Exterior. Chegou a criar o Seminário Maior no antigo edifício do Seminário, infelizmente de pouca duração. Mas era sinal de como batia o seu coração de pastor, sempre preocupado com as suas ovelhas.
Como resultado da aposta vocacional, ele ordenou quase todos os padres diocesanos em actividade agora na diocese de Santiago e alguns da diocese de Mindelo e dezenas de religiosos Espiritanos, Capuchinhos e Franciscanos. Se outra obra ele não fizesse, esse é certamente um feito que a história da nossa diocese registará como uma das acções-chave do seu ministério episcopal.
Pelo seu jeito directo e frontal, granjeou amigos e não faltaram também alguns adversários. Na verdade, não se pode ficar indiferente ao ensinamento e conversas de Dom Paulino. Marcou positivamente a história recente da Igreja nos 34 anos de serviço. Dom Paulino era o decano dos Bispos da Região oeste africana, e residia na residência das Irmãs Franciscanas em Achada Santo António desde 2009, altura em que passou a bispo emérito.