Os concursos, anunciados em Fevereiro de 2018, foram suspensos em Outubro do mesmo ano, na sequência de reclamações e das denúncias de irregularidades e favorecimento, tendo sido instaurado um inquérito para apuramento dos factos.
Um comunicado assinado pelo director nacional da PN, Emanuel Estaline Moreno, datado de 01 de Agosto de 2019, a que a Inforpress teve acesso, adianta que o ministro de Administração Interna, Paulo Rocha, decidiu anular os concursos, na fase elaboração de provas de aptidão profissional e cultural.
O comunicado adianta que o governante determinou a nomeação de novos elementos de júri para prosseguir com as provas, com preferência para magistrados e a instauração de processos disciplinares contra os efectivos directamente implicados nas referidas denúncias e cuja “conduta está indiciariamente censurada no processo de inquérito”.
A nota esclarece que foi determinado dar por finda a comissão de serviço do director do Centro Nacional de Formação da PN, o superintendente Emanuel Spencer Lopes, e que se decidiu que que o conteúdo do processo de inquérito seja comunicado ao Procurador-geral da República, uma vez se indiciam factos com relevância jurídica criminal.
O caso tinha sido despoletado a partir de uma denúncia do Partido Popular (PP), que adiantou que tinha recebido informações de que algumas mulheres estavam a ser beneficiadas.
Na sequência, a Direcção Nacional da PN confirmou que recebeu queixas e mandou suspender os concursos.