Gilberto Silva disse que é preciso sermos ambiciosos e realistas, tendo em conta a realidade Saheliana e arquipelágica
"Em Cabo Verde, segundo as análises técnicas, teremos de investir cerca de 634 milhões de euros em vinte anos, para fazer face à demanda do sector económico, e para que cada cabo-verdiano tenha acesso a um mínimo de quarenta, e um máximo de noventa litros de água por dia, assegurando que nenhum agregado familiar gasta mais de 5%, da sua renda mensal na aquisição e acesso à água e aos serviços básicos de saneamento”, explica.
Por outro lado, a Coordenadora das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Patrícia Graça, disse que a escassez de água é uma fonte de conflito e de tensões entre comunidades na região do Sahel, e o combate a esse desafio é fundamental para a paz.
"Por este motivo, a Assembleia Geral das Nações Unidas, proclamou a década de 2018 - 2028, como a década internacional para a acção de agua para o desenvolvimento sustentável, onde se destaca também a importância de uma boa gestão integrada dos recursos hídricos para o comprimento da agenda 2030. É por isso que para responder a este desafio, é efectivamente importante reunir todos os esforços da comunidade cientifica, lado a lado com os órgãos de decisão" avança.
A VII reunião do Comité Regional de Pilotagem do Programa Hidrológico Internacional decorre até 3 de Outubro, com o objectivo de reflectir e debater sobre os principais desafios do sector dos recursos hídricos no continente.