Elisângelo Monteiro falava aos jornalistas à margem do Seminário “O Contrabando e a Falsificação de produtos como Crimes antecedentes à Lavagem de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo”.
“Isto referindo a questão, por exemplo, do grogue e o seu efeito na saúde pública e no sistema económico. Mas também há situações de marcas internacionais que foram detectadas e estancadas, com parcerias de escritórios de representação internacional das marcas que fazem as queixas e nós diligenciamos”, assegurou.
Em relação às lojas chinesas, o Inspector-geral da IGAE, afirma que existiram várias apreensões referentes aos produtos falsificados, a medida em que vão surgindo as queixas dos representantes das marcas. Produtos nacionais, como vestuários e agendas, segundo disse, também foram falsificados e foram interceptados.
“Nesse momento há um trabalho de sensibilização, de diálogo junto dos seus representantes, já que têm agora associações, e nós estamos a sensibilizá-los para a questão do cumprimento da lei nesta matéria”, informou, complementando que é necessário fazer a prevenção devida.
“Evidentemente que os meios não são suficientes. Com aquilo que nós temos, optimizamos junto dos parceiros, a Policia Nacional, os técnicos da Unidade de Informação Financeira e a Polícia judiciária. Portanto, há aqui a criação de equipas conjuntas para fazer o combate a prevenção desse tipo de crime”, complementou.
Durante o Seminário, Cristina Andrade, Coordenadora Nacional do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC), afirmou que os países da África Ocidental reportaram que a contrafacção, pirataria e falsificação estão entre as “ofensas predominantes” junto com a corrupção, tráfico de drogas e fraude fiscal.
“A ONUDC reconhece que Cabo Verde tem feito importantes avanços nessa matéria, no entanto, sabemos que o crime organizado, é uma das principais ameaças a segurança pública, um entrave claro ao desenvolvimento social, económico e politico das sociedades a nível mundial”, avançou.