A paralisação tem por objectivo exigir, nomeadamente, a reposição imediata do prémio de produtividade, que em 2018 foi reduzido em 45%, e em 2019 não foi atribuído. O anúncio da paralisação foi feito hoje, em conferência de imprensa, pelo secretário-permanente do Sindicado dos Trabalhadores da Função Pública (SINTAP), Luís Fortes.
“Os trabalhadores estão a reivindicar a reposição imediata dos 45% referentes ao ano de 2028 e 100% dos subsídios referentes a 2019. É de se recordar que este subsídio é atribuído aos funcionários há mais de 20 anos”, diz.
Outra reivindicação prende-se com o descongelamento das carreiras e salários.
“Os trabalhadores do INMG têm a sua carreira congelada há mais de 10 anos e os salários há mais de 15. E defendem que enquanto não for implementado um novo PCCS, o que está em vigor tem que ser respeitado. Portanto, não entendem o porquê do congelamento das carreiras há tantos anos. No tocante a salários, a última actualização data de 2002”, enfatiza.
A sobrecarga de trabalho dos condutores em São Vicente é outro ponto constante do caderno reivindicativo. O SINTAP fala em condições laborais precárias e falta de segurança, exigindo a contratação de mais um profissional.
O sindicalista lembra que os trabalhadores do INMG iniciaram o ano de 2019 com um pré-aviso de greve, que entretanto foi levantado, porque a administração colocou em cima da mesa uma proposta de Plano de Cargos Carreiras e Salários. A posição do Instituto é vista como uma “manobra de dilatação” para ganharem tempo porque até hoje não se chegou a acordo.
Desta vez prometem ir até às últimas consequências.
“Os trabalhadores defendem o prémio de produtividade como um direito adquirido, pelo que não vão permitir a sua suspensão desta forma sem razões plausíveis e prometem ir até às últimas consequências para a sua reposição”, garante.
A paralisação deve abarcar todas as classes profissionais do INMG, num total de cerca de 120 funcionários.
O pré-aviso foi entregue ontem pelo SINTAP de São Vicente e SINTCAP [Sindicato Nacional de Transportes, Comunicações e Administração Pública] do Sal, em representação dos trabalhadores do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. A greve está marcada para 28 e 29 deste mês, mas antes, no dia 22, as partes têm uma reunião de conciliação, que deve ser realizada na ilha do Sal.