A informação é confirmada por Luís Fortes, secretário permanente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), representante dos trabalhadores em São Vicente.
Trata-se do segundo período de greve, depois do cancelamento de idêntica paralisação, em finais de Janeiro, devido à abrangência da requisição civil decretada, na altura, pelo governo.
“A greve está a prevalecer mesmo com a requisição civil, porque consideramos que esta é ilegal, uma vez que que não foram realizados todos os trâmites até à realização de uma requisição civil”, garante o sindicalista.
O governo anunciou ontem nova requisição civil, desta vez de 55 trabalhadores, para assegurar o serviço meteorológico para as ligações aéreas.
O Sindicalista garante que os trabalhadores não estão a cumprir a medida decretada pelo executivo, que classifica de ilegal.
“Foi metida uma previdência cautelar nos tribunais precisamente para exigir ao governo o cumprimento da lei para fazer uma requisição civil, que é o ultimo recurso depois de se passar por um conjunto de procedimentos que definem os serviços mínimos durante a greve”, afirma.
“Porque é que o trabalhador não pode reivindicar os seus direitos? [o governo] Não cumpre com os direitos dos trabalhadores e ainda retira-lhes a voz e a possibilidade fazer valer os seus direitos?”, questiona.
O protesto foi convocado pelo SINTAP de São Vicente e pelo Sindicato Nacional de Transportes, Comunicações e Administração Pública do Sal (SINTCAP).
Os sindicatos acusam o executivo de descaso e de falta de vontade para resolver as reivindicações dos trabalhadores.