Cabo Verde sobe quatro lugares no índice da Transparência Internacional

PorExpresso das Ilhas, Lusa,23 jan 2020 15:59

Cabo Verde obteve 58 pontos, e subiu quatro posições, passando do 45º lugar, no ano anterior, para 41.º lugar, no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado esta hoje pela Transparência Internacional (TI).

Com esta posição, Cabo Verde consolidou a sua posição como o terceiro país mais bem classificado da África Subsaariana, a seguir às Seychelles (66 pontos) e ao Botswana (61 pontos).

A maioria dos nove países lusófonos melhorou igualmente ou manteve a classificação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), da Transparência Internacional (TI), que revela a degradação das posições do Brasil e Guiné Equatorial.

Com 62 pontos (64 no ano passado) Portugal é o país lusófono mais bem posicionado, tendo mantido a posição 30. Segundo a Transparência Internacional, tal posição representa uma estagnação do país no índice há sete anos.

Angola passou de 19 para 26 pontos, o que lhe valeu a maior subida em número de lugares (19) entre os parceiros lusófonos. Depois de, em 2018, ter subido do 167.º para o 165.º lugar, o país ocupa agora a 146.ª posição na lista, a mesma de Moçambique.

No ano passando, Moçambique perdeu dois pontos, passando de 25 para 23, e caiu cinco posições, da 153.ª para 158.ª. No índice deste ano, o país recuperou pontuação, tem agora 26 pontos, e subiu 12 posições.

No mesmo sentido, Timor-Leste, conquistou 38 pontos, recuperando os três perdidos em 2018, e subiu ao lugar 93 a partir do 105.

Também a Guiné-Bissau contrariou a tendência do ano passado, tendo conquistado 18 pontos e subido 4 posições para o lugar 168. Em 2018, a Guiné-Bissau perdeu um ponto (16 pontos) e caiu da posição 171.ª para a 172.ª.

São Tomé e Príncipe manteve os 46 pontos e a 64.ª posição que tinha na edição anterior do Índice e ocupa a sétima posição entre os países da África Subsaariana.

São Tomé e Príncipe, tal como Cabo Verde, continua a registar pontuações acima da média dos países da África Subsaariana (32 pontos), a região com pior prestação no IPC, e da média global dos 180 países (43 pontos).

Depois de em 2018, o Brasil ter perdido dois pontos e caído nove posições, a pior pontuação desde 2012, na edição deste ano, o país manteve os seus 35 pontos, mas deslizou mais um lugar, passando de 105 para 106 em 180 países e territórios.

Visão geral

O documento assinala, por isso, que a corrupção continua um dos principais impedimentos ao desenvolvimento social e económico do país.

"Depois de as eleições de 2018 terem sido fortemente influenciadas por uma agenda anticorrupção, o Brasil registou um conjunto de reveses na legislação anticorrupção e teve dificuldades em fazer avançar as reformas do sistema político", aponta.

A Guiné Equatorial manteve os 16 pontos do índice anterior, mas perdeu um lugar e passou para 173.º em 180 países da lista.

O Índice de Percepção da Corrupção, da Transparência Internacional, foi criado em 1995 e é um dos principais indicadores à escala mundial sobre a percepção da corrupção no setor público de 180 países, pontuando-os de 0 (percepcionado como muito corrupto) a 100 (percepcionado como muito transparente).

Dinamarca e Nova Zelândia partilham o topo da tabela de 2019, com 87 pontos, seguidas da Finlândia, com 86, e de Singapura, Suécia e Suíça, com 85.

O ranking deste ano relaciona o impacto da corrupção com a integridade política e os resultados demonstram que os países mais bem classificados são os que têm políticas de transparência proativas, designadamente no que se refere ao financiamento político, à regulação do lobby e dos conflitos de interesses, e a mecanismos eficientes de consulta pública.

Os países em que os regulamentos de financiamento de campanhas políticas são abrangentes e aplicados sistematicamente têm uma pontuação média de 70 no índice, enquanto os países em que esses regulamentos não existem ou são mal aplicados têm uma média de apenas 34 e 35, respetivamente.

Por regiões, a Europa Ocidental e a União Europeia alcançam a média mais alta com 66 pontos, e a África Subsaariana, com 32 pontos de média, é a região mais mal classificada, seguida da Europa de Leste e Ásia Central, com 35 pontos de média.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,23 jan 2020 15:59

Editado porSara Almeida  em  15 out 2020 23:21

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