Segundo Júlio Andrade, o espaço, a situar-se no antigo quarto particular do Hospital da Praia, vai ainda ser apetrechado com 10 monitores e outros equipamentos encomendados, em carácter de urgência, para se poder instalar a estrutura com instrumentos adequados para dar vazão a surtos de género.
“Dos dez monitores recebidos seis são para adultos e quatro para crianças e o seu propósito é fazer monitorização dos doentes mais graves. Ainda no âmbito de aquirição de equipamentos foi encomendado um outro material que irá permitir a ventilação de crianças, caso sejam contaminadas por coronavírus”, disse.
O local, que tem servido o Hospital Agostinho Neto sempre que há emergências com doenças infecciosas (como o Ébola, em 2014), vai ainda ser alvo de reabilitação para situações do género no futuro.
Os equipamentos adquiridos custarão à volta de três mil contos e a compra foi autorizada pelo Governo, em carácter urgente, sem ter que passar por concurso público, pois, a emergência assim o determina.
Já no caso do Bloco Operatório, que vem passando por problemas desde Novembro de 2019, por falta de equipamentos de anestesia devido a estragos, o PCA do Hospital da Praia lembrou que a compra destes materiais exige recursos elevados e abertura de um concurso público como manda a lei.
“Neste caso não podemos fazer nada, pois, a lei deve ser cumprida. No entanto, estamos a espera que se mude a legislação para que esta questão de concurso público não seja um transtorno na adquirição de materiais hospitalares”, realçou.
Questionado se a lista de cirurgias tem aumentado em alguns serviços em consequência da falta de máquina de anestesia, Júlio Andrade avançou que não tem este ‘feedback’ e que a situação está a piorar porquê “ninguém quer colaborar fora de hora de serviço”.