Desses casos suspeitos, cinco estão na ilha da Boa Vista, três na Praia, um em Porto Novo, um em São Vicente e um outro no Tarrafal de Santiago.
Até ao momento não há nenhum caso de transmissão local e, em termos de casos confirmados, o país continua com os mesmos quatro, anteriormente anunciados, e todos importados.
“Provavelmente vamos ter mais casos suspeitos”, considerou, garantindo que os passageiros em quarentena nos hotéis e a nível domiciliar estão sendo acompanhados.
O responsável avançou ainda que, embora o atendimento directo seja feito por enfermeiros, há cerca de 40 médicos a apoiar a Linha Verde (8001112), para esclarecer e para detectar precocemente eventuais casos que possam ser depois encaminhados para os serviços de saúde.
Ainda hoje, anunciou Artur Correia, a Linha Verde vai passar a contar com uma extensão de atendimento psicológico constituída por cerca de 15 psicólogos para apoiar não só as pessoas que estão em quarentena, mas também a população em geral. O objectivo é diminuir a ansiedade das pessoas e contribuir para o clima de serenidade e de confiança, conforme explicou.
Quando instigado a dizer se todos os passageiros que estão em quarentena nos hotéis são submetidos ao teste da COVID-19, Artur Correia esclareceu que os testes são feitos apenas aos casos considerados suspeitos.
“ Há um conjunto de critérios clínicos epidemiológicos que classificam um caso como suspeito. Para já tem que ter sintomas e tem que ter a ligação quer a um país onde haja transmissão activa, quer a um caso positivo nacional ou internacional. Essa é que é a definição de um caso suspeito. Neste sentido, todas as pessoas que estão em quarentena quer domiciliar quer nos hotéis a partida são casos assintomáticos, não são casos suspeitos”, explicou.
Por isso, prosseguiu, os que estão em quarentena são seguidos para, no momento exacto em que manifestarem sintomas, serem analisados e serem, ou não, classificados como caso suspeito.
“Se fosse um caso suspeito, a entrada iria directamente para o isolamento na estrutura de saúde onde seria feita a colheita da amostra para a confirmação da suspeição técnica ou não”, assegurou.
Actualmente, a nível nacional, foram feitos 23 testes de todos os casos suspeitos e dos casos que estavam em seguimento e que manifestaram sintomas, bem como de quem teve contacto directo com o caso confirmado da Praia.
“Estamos a espera dos resultados”, disse, acrescentando que no grupo dos suspeitos, a idade tem variado entre 19 e 62 anos.