Segundo o Ministério da Saúde e da Segurança Social foram analisadas 543 amostras analisadas nos laboratórios de virologia e dessas foram diagnosticados 57 casos positivos de COVID-19, no país.
Uma notícia animadora é que as 12 amostras de Santa Catarina de Santiago, quatro de São Salvador do Mundo, cinco de São Vicente, três da Boa Vista, dois do Maio e 50 de São Nicolau, todas testaram negativo.
O país contabiliza até este momento 1894 casos positivos acumulados, 902 casos recuperados e 19 óbitos.
Sobre a retoma das ligações aéreas e marítimas entre as ilhas, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva afirmou hoje que estão a trabalhar para criar mais pontos de atendimento de realização de testes, para evitar aglomeração de pessoas que se tem verificado ultimamente nas delegacias de saúde da Praia e do Sal.
Hoje, o secretário de Estado para as Finanças, Gilberto de Barros garantiu hoje, na sessão de abertura do debate sobre “Impacto da COVID-19 na Economia Cabo-Verdiana”,que os efeitos da pandemia COVID-19 terão um impacto “significativo” na economia cabo-verdiana, criando situações de retrocesso, apesar das medidas adoptadas pelo Governo para mitigar as consequências.
A crise provocada pela pandemia da COVID-19 vai provocar um cenário global “sombrio” a nível económico, com projecções de dez anos de retrocesso e impacto maior para África e países de Estado Insular, como Cabo Verde.
Já num outro evento, a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Graça disse que a pandemia começou como uma crise global de saúde para, “rapidamente”, se tornar numa crise económica e social, afectando países e populações mais vulneráveis.
Ana Graça fez essa afirmação, na sessão de abertura do debate sobre “Impacto da COVID-19 na Economia Cabo-Verdiana” que aconteceu, por videoconferência, na cidade da Praia.
COVID-19 no mundo
A nível internacional temos uma novidade, os testes clínicos em humanos da potencial vacina contra a COVID-19 que a Universidade de Oxford criou tiveram "resultados prometedores" e desencadearam a resposta imunitária que se pretendia, afirma hoje a imprensa do Reino Unido.
Os testes em humanos, que desde Abril envolveram cerca de mil voluntários sãos, permitiram aos cientistas concluir que o projecto de vacina gera anticorpos e células do sistema imunitário que podem enfrentar o novo coronavírus.
No entanto, ainda falta demonstrar que essa resposta imunitária combinada basta para evitar a infecção, salientam os investigadores, que mesmo assim consideram que o efeito conseguido é muito positivo.
O presidente da comissão de Ética de Investigação de Berkshire, que aprovou os testes em Oxford e continua a acompanhar o trabalho dos investigadores, afirmou que a equipa está "absolutamente determinada" a conseguir uma vacina viável.
"Ninguém pode falar de prazos. As coisas podem correr mal, mas a realidade é que, em conjunto com uma grande empresa farmacêutica [a AstraZeneca], essa vacina poderia estar disponível em Setembro e é para esse objectivo que se está a trabalhar", assinalou.
O ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, indicou que os investigadores, entre os quais está uma equipa do Imperial College London, estão a tentar conseguir o "melhor cenário" possível para pôr em circulação uma vacina ainda este ano, mas admitiu que o mais provável é que a vacina só chegue em 2021.
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 584 mil pessoas e infectou mais 13,5 milhões em todo o mundo, desde Dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
De acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde, em Portugal, morreram 1.676 pessoas das 47.426 confirmadas como infectadas.
Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de Fevereiro, são o país mais afectado em termos de número de mortes e casos, com 137.419 e 3.499.291 casos, respectivamente. Pelo menos 1.075.882 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afectados são o Brasil com 75.366 mortes para 1.966.748 casos, Reino Unido com 45.053 mortes (291.911 casos), México com 36.906 mortes (317.635 casos) e Itália com 34.997 mortos (243.506 casos).
A Alemanha regista um total de 200.260 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, com 534 novos contágios diagnosticados nas últimas 24 horas, um aumento em relação ao dia anterior (351).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.612 casos (um novo entre quarta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (o mesmo número do dia anterior) e 78.719 curados.
A Europa totalizou 204.036 mortes para 2.889.954 casos, América Latina e Caraíbas 152.001 mortes (3.561.231 casos), Estados Unidos e Canadá 146.259 mortes (3.608.012 casos), Ásia 46.283 mortes (1.903.551 casos), Médio Oriente 21.592 mortes (962.305 casos), África 14.042 mortes (645.249 casos) e Oceânia 142 mortes (12.393 casos).