Na passada sexta-feira, o Presidente da República anunciou que vai convocar o Conselho da República, mas não esclareceu se haverá um segundo estado de emergência no país, tendo em conta a evolução da pandemia em Cabo Verde. “Nunca se pode dizer nunca mais”, disse na altura Jorge Carlos Fonseca.
“É uma possibilidade que, em tese geral, está sempre em aberto. O que posso dizer é que, neste momento, não está na minha perspectiva”, sublinhou o Chefe de Estado.
“Não seria prudente, da minha parte, dizer que nunca mais iremos ter [estado de emergência]. Vai depender da evolução da situação epidemiológica do País”, reforçou Jorge Carlos Fonseca, para quem o fundamental é que todos tenham uma consciência “cada vez mais forte” que esta pandemia é uma “coisa séria” e que implica “perigos graves” não só para a saúde das pessoas, mas também para a economia do país.
No final de Março, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, convocou uma reunião do Conselho da República para auscultar aquele órgão consultivo sobre a declaração de estado de emergência.
O chefe de Estado acabaria por declarar o estado de emergência, pela primeira vez na história do País, por um período inicial de 20 dias, que foi sendo renovado, diferenciado por ilhas, até finais de Maio.
Depois, com o aumento de casos positivos da covid-19 no país, o Governo, através do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, anunciou, no passado dia 7 de Agosto, a prorrogação do estado de calamidade nas ilhas de Santiago e Sal, estado de calamidade que termina este domingo.