João Pedro Cardoso considera que caso avance a decisão de aulas presenciais, então, terá que haver medidas de distanciamento social, higienização do espaço educativo e dos utentes que nele circulam.
“Precavendo-se com um sistema profícuo de testes e respectivo rastreamento dos eventuais contactos dos casos positivos que venham assurgir. A situação não menos preocupante é a dos professores e funcionários que em termos percentuais representam uma minoria, o que não quer dizer que possam ser os menos atingidos pelos casos da covid19 na comunidade educativa”, avança. A posição, que incluí o pedido de testes, já tinha sido defendida publicamente pelo Sindicato Democrático dos Professores e pelo Sindicato dos Professores da ilha de Santiago.
Em termos de organização da sala de aula, a FECAP propões a redução das turmas, para 10 alunos por sala, bem como a redução do horário das aulas. Segundo José Cardoso a prevista redução para metade da turma não irá permitir o fazer o distanciamento de 1,5m.
João Pedro Cardoso diz que a proposta da FECAP para o arranque das aulas é 15 de Setembro, com término até 31 de Julho, justificando a sua proposta com o direito a férias dos docentes.
“Ninguém tem a noção antecipada da previsão do labor referente a cada ano escolar dando azo a uma gestão a gosto do freguês ou de um rotineiro faz de conta vergonhoso em prejuízo do gozo integral das férias anuais a que todos os docentes têm direito por lei", disse.
Os Professores não devem ser tratados como serviçais do Ministério da Educação, "mas sim como profissionais abalizados para a função a desempenhar e não devem ficar a mercê de caprichos e ideias avulsas de uns e outros que nem sempre são as mais recomendáveis para um sucesso previsível e acertado”, explica.
João Pedro Cardoso adverte o Ministério da Educação para que evite semear catástrofes junto à comunidade educativa, ao abrir extemporaneamente as salas de aula, favorecendo a propagação da covid-19.
A tutela prevê o arranque das aulas para 1 de Outubro.