O presidente da organização dá o benefício da dúvida à tutela no que concerne, por exemplo, aos subsídios pela não redução da carga horária e reclassificações. João Cardoso explica que os professores estão preparados para o novo ano escolar, mas também para lutar pelos seus direitos.
“Os professores estão preparados tecnicamente e com vontade de dar o seu máximo. Esperamos que seja tudo de bom. E como organização sindical estamos aqui a esperar o melhor mas preparando para o pior. Nós já demos provas, em anos sucessivos, de que não brincamos em serviço. Se for preciso lutar, a gente luta e de forma enérgica. Nós já provámos a nossa responsabilidade e o nosso sentido cidadão, de que devemos dar o nosso melhor para Cabo Verde e para a educação, porque estamos a preparar o amanhã dessa nação. Investir na educação não é despesa fútil”, diz.
Quanto à colocação de professores e disponibilização de manuais, o Ministério já garantiu que não haverá problemas. O líder da Federação Cabo-verdiana dos Professores espera uma mudança de paradigma.
“Se as propostas apresentadas ao público pelo Ministério da Educação acontecerem, para nós é mudança de paradigma. Se todos os alunos conseguirem o seu professor ou professora no primeiro dia de aula, para nós é mudança de paradigma. Se não houver problemas com manuais, é mudança de paradigma. É isso que a gente quer", refere.
João Cardoso sugere maior diálogo entre o Ministério da Educação e os professores, para que a classe possa estar por dentro de todos os assuntos relacionados com o sistema de ensino.
Quanto às educadoras de infância, o responsável defende que devem ser dotadas de formação específica na área para que possam fazer um melhor trabalho e ter uma melhor carreia.
As aulas arrancam no dia 23 de Setembro.