A iniciativa tem como objectivo reavaliar a situação da pandemia e o seu impacto nas empresas, conforme explica o presidente da agremiação empresarial, Jorge Maurício.
“É conhecer, exactamente, a situação de cada um dos associados, das empresas, se as medidas que foram aprovadas tiveram o sucesso que se esperava, medir as necessidades actuais e auscultar para saber o que se pode fazer, o que se pode propor ao governo, para a próxima fase”, esclarece.
O presidente da Câmara de Comércio de Barlavento recorda que há mais de um ano que o tecido empresarial sofre os efeitos da crise gerada pela covid-19 e destaca que as empresas estão a ficar sem margem de tesouraria.
“Já não têm capacidade para reinvestir e reiniciar as suas actividades. Em termos do emprego é mais difícil, porque as empresas nem sequer conseguem pagar o layoff, uma empresa sem qualquer tipo de rendimento não consegue, de forma alguma, cumprir com os 25%. O layoff simplificado foi prorrogado até Junho, e ficamos satisfeitos com isto, mas é preciso ver se é preciso ir mais longe”, refere.
O agravamento da situação epidemiológica veio complicar ainda mais uma situação que já era difícil.
“As ilhas de Barlavento estão todas em situação de calamidade, isto provoca grandes rombos no negócio, principalmente nas áreas de restauração, hotelaria e em todo o circuito turístico. A situação é muito difícil. Isto não é bom, não é fácil”, observa.
Os webinars da Câmara de Comércio de Barlavento vão decorrer por todas ilhas da região norte, durante este mês de Maio.
No final dos encontros deverá sair um documento com as preocupações e propostas dos empresários, que será apresentado às autoridades.