Jorge Carlos Fonseca defendeu que os países africanos precisam garantir que os esforços envidados no combate a esta crise vão para além da resposta aos desafios imediatos em matéria de cuidados de saúde causados pela pandemia da COVID-19.
“Para abordar igualmente, de forma abrangente, os impactos socioeconómicos mais vastos da pandemia, que incluem os efeitos das calamidades naturais e das alterações climáticas, pobreza e fome endémicas, desemprego, desigualdades sociais, falta de água potável, abrigo e saneamento adequados, bairros de lata urbanos e assentamentos informais, bem como a insegurança alimentar”, frisa.
No combate à pandemia de COVID-19 em particular Jorge Calos Fonseca defendeu a necessidade de um acesso universal, equitativo e rápido à vacina, kits de diagnóstico, equipamentos de protecção individual (EPI) e outros produtos médicos, bem como a iniciativa de perdão e /ou alívio da dívida externa.
“Auguramos que os países africanos continuem a trabalhar, conjuntamente, para que nenhum país seja deixado para trás, no que respeita à imunização da sua população e à retoma da economia”, apela.
Por outro lado, sublinhou que não obstante o agravamento geral da situação económico-social no continente, por causa da pandemia de COVID 19, África está cada vez mais a impulsionar o seu próprio futuro, através da sua visão orientadora para o desenvolvimento, a Agenda 2063 da União Africana e da Agenda 2030 das Nações Unidas, para o Desenvolvimento Sustentável.
“Neste particular, saudamos a entrada em vigor Acordo de Comércio Livre Continental Africano (AfCFTA), representando um dos maiores mercados do mundo, com potencial para impulsionar a integração regional, o crescimento económico, gerar empregos, aliviar a pobreza e levar a sociedades mais estáveis e pacíficas”, cita.