Ulisses Correia e Silva falava este sábado em São Vicente, que a visão do empresário e promotor Samba Bathily que implementou o projecto Mansa Floating Hub, na Baía do Porto Grande, é a síntese daquilo que o Governo entende que deve ser o mundo.
O primeiro-ministro explicou que ter Cabo Verde como um País plataforma na cultura, nas tecnologias e no turismo, lembrando que o Mansa Floating Hub está na cidade do Mindelo, uma cidade com história e que nasceu da integração.
“Séculos atrás eram navios carvoeiros que circulavam entre a Europa, as Américas e África e, hoje, nós temos que ter caminhos de circulação da cultura, da tecnologia, da ciência e da inovação para podermos crescer mais, criando novas histórias que façam com que possamos gerar mais economia, mais desenvolvimento e mais emprego”, defendeu.
Para Ulisses Correia e Silva, o investimento “abre uma nova porta para integrar Cabo Verde em África” e é também uma “boa oportunidade para os artistas e criativos partilharem experiências nas áreas do teatro, da música, da dança e para promoverem-se e promover Cabo Verde e ainda criar mais oportunidades para músicos locais e do continente”.
Por sua vez, o promotor Samba Bathily agradeceu ao Governo e à Câmara Municipal de São Vicente por terem acolhido o projecto, salientando que “em África não é fácil conseguir licenciamento para edificar projectos do tipo no mar”.
Conforme o nigeriano, a ideia do projecto surgiu há quatro anos quando visitou Cabo Verde.
Samba Bathily explicou que primeiro esteve nas cidades da “Praia e Cidade Velha, onde conheceu grande parte da história da África” e depois “Mindelo, cidade a que foi aconselhado a conhecer para entender mais sobre Cabo Verde”.
Para Samba Bathily, “este é o momento de os países africanos trabalharem juntos para construírem uma economia africana”, lembrando que o Mansa Floating Hub, “primeiro projecto do tipo em África, foi criado a pensar “na vantagem competitiva de Cabo Verde que pode ser um pólo do turismo, da cultura, da música e das indústrias criativas”.