A iniciativa visa igualmente capacitar e acompanhar os adolescentes em ações de formação, criar e estimular o autoemprego.
O projecto, financiado em 23 mil milhões de escudos, resulta de uma parceria entre o ICCA e a PLain-Bornefonden.
A Presidente do ICCA, Maria Silva, diz que o projecto, com duração de um ano, é mais um reforço do trabalho que já está a ser feito.
"O objectivo e retirar essas crianças de rua, dar-lhes alternativas. São crianças que têm talentos, que podem aprender a tocar violão, podem aprender danças tradicionais, podem aprender a fazer serralharia, carpintaria, o que quiserem, o que tiverem a capacidade de fazer. Porque essas crianças têm baixa escolaridade. O projecto depois terá continuidade com o financiamento nacional, porque é mais um reforço para os trabalhos que estão sendo feitos a nível dos centros "Nos Casa", aqui na Praia, e na ilha do Sal, e também o núcleo local de São Vicente que trabalha a mesma temática com apoio de outras ONG's", avança.
O acto de abertura da socialização do projecto foi presidido pela Secretária da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social.
Lídia de Melo afirma que o governo irá assumir um grande desafio nesta legislatura, que é a abertura de mais centros sócio-educativos nos bairros vulneráveis.
"Para as crianças que vivem no seio de famílias com problemas, com alcoolismo, com problemas também a nível de habitação, problemas de conflitos familiares, conflitos conjugais, problemas de alimentação e vários outros problemas. Essas crianças poderão ter oportunidades de melhor fazerem os seus estudos em condições mais adequadas, ter oportunidades de garantir o seu sucesso escolar. Estaremos a actuar também na prevenção do abandono escolar", explica.
O projecto abrange crianças e adolescentes na rua nas ilhas de Santiago, São Vicente, Boa Vista e Sal.