Últimos casos, internamentos e mortes devem-se à falta de vacina

PorSheilla Ribeiro,12 set 2021 9:07

Na passada segunda-feira, 06, o Director Nacional da Saúde apelou à vacinação da população, informando que os internamentos e as mortes que têm ocorrido por causa da COVID-19 são de pessoas que não se vacinaram. Jorge Barreto revelou ainda que desde o início de Agosto até agora foram identificados 1.800 novos casos a nível nacional, dos quais 1.440 não estavam vacinados.

Na habitual conferência de imprensa para fazer o ponto de situação da pandemia no país, Jorge Noel Barreto precisou que essas pessoas não estavam vacinadas ou receberam apenas a primeira dose das vacinas.

“Apelamos às pessoas para a questão da vacinação porque temos estado a verificar que as que mais se internam e as que estão a morrer não foram vacinadas e também porque apresentam outras complicações. A taxa de ocupação hospitalar é de 34% e é sobretudo de pessoas que não foram vacinadas”, informou Jorge Barreto durante a conferência semanal sobre a situação epidemiológica no país.

O Director Nacional da Saúde apelou ainda ao cumprimento das medidas de vacinação tendo em conta que apesar dos bons resultados em relação à campanha de vacinação, ainda continua a haver um aumento de número de casos, sobretudo “por causa das pessoas que ainda não estão vacinadas”.

Ainda em relação à campanha de vacinação, até este fim-de-semana foram utilizadas 345.364 doses das 559.005 recebidas. Isto porque, segundo Jorge Barreto, na passada sexta-feira o país recebeu mais 150 mil doses de vacinas AstraZeneca da República de Eslovénia.

71,5% da população adulta está vacinada com pelo menos uma dose, mas apenas 21,8% está completamente vacinada. Sal é o concelho com maior taxa de vacinação completa com 47%.

Jorge Barreto afirmou ainda que alguns concelhos da ilha de Santiago que precisam melhorar a taxa de vacinação, como é o caso de Santa Catarina com 44% da população com uma dose, São Miguel 45,7%, Tarrafal 46,8%, São Salvador do Mundo 49,7%, Santa Cruz 55%.

Estão melhores posicionados, na mesma ilha, Ribeira Grande de Santiago 81,7%; Órgãos 79%; São Domingos 76,8%, seguido da Praia 72,4%.

508 novos casos nos últimos 14 dias

De 23 de Agosto a 5 de Setembro foram analisadas 19.119 amostras, uma média de 1.366 amostras por dia. Foram detectados 1.208 casos positivos, uma média de 86 casos diários, representando uma taxa de positividade de 6,3%.

De 9 a 22 de Agosto foram analisadas 19.093 amostras, uma média de 1.364 amostras por dia. Foram detectados 700 casos positivos, uma média 50 diários, representando uma taxa de positividade de 3,7%.

“É possível verificar uma piora da situação epidemiológica, sendo de notar que se conseguiram identificar mais 508 casos novos entre um período e outro. Temos tido mais pessoas internadas. Temos verificado que a maior parte dos casos positivos não foram vacinados, ou então receberam apenas uma dose”, analisou Barreto.

No mês de Agosto registou-se um total de 15 óbitos, três a mais do que no mês de Julho. Em seis dias foram registados, em Setembro, três óbitos.

“O RT está em 1,23 indicando que temos a transmissão comunitária de forma sustentada do vírus de COVID-19”, informou o DNS.

Nos últimos 14 dias a taxa de incidência acumulada está em 214 por 100 mil habitantes, quando era de 124 por 100 mil, nenhum concelho tem uma taxa inferior a 25 por 100 mil habitantes.

Taxa de incidência acumulada por concelho

São Domingos 42 por 100 mil habitantes; Santa Cruz 70; Sal 68 por 100 mil; Ribeira Grande em Santo Antão 145; Porto Novo 66; Tarrafal de São Nicolau 135; Ribeira Grande de Santiago 70; Mosteiros 54; São Filipe 64; Santa Catarina do Fogo 116; Brava 112.

Há 11 concelhos com taxa de incidência acumulada superior a 150 por 100 mil: Praia 257; Boa Vista 305; São Vicente 182; Tarrafal de Santiago 255; Santa Catarina de Santiago 155; Paul 152; Ribeira Brava 1579; São Salvador do Mundo 513; São Miguel 323; Maio 839; São Lourenço dos Órgãos 349.

O país contabilizava, até esta terça-feira 982 casos activos, 34.763 casos recuperados, 317 óbitos, 15 óbitos por outras causas e 9 transferidos, perfazendo um total de 36.086 casos positivos acumulados. 

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1032 de 8 de Setembro de 2021.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,12 set 2021 9:07

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  19 jun 2022 23:21

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